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São Paulo, segunda-feira, 14 de julho de 2003

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BALÃO

Nas trincheiras do quadrinho sério

DIEGO ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Gibi é coisa séria. Ou não. Toda vez que tento dizer a alguém que existe vida inteligente nas histórias em quadrinhos para além dos garfields e patos donalds da vida, enfrento aquele risinho de canto de boca, tipo, "Ah, tá..."
Saco, por que eu não ando sempre com um exemplar de Joe Sacco debaixo do braço?! As 200 e tantas páginas de "Palestina: Uma Nação Ocupada" ou, quem sabe, de "Área de Segurança: Gorazde" já seriam de bom tamanho, com seus pulitzers, harveys, eisners e sei lá mais que "awards" que os quadrinhos geo-político-jornalísticos desse autor americano já lhe renderam.
"Está vendo aqui, mãe: isto é um "quadrinho-reportagem'! Melhor do que a CNN que a senhora assiste ou do que o jornal que a senhora lê!" Sacco, desenhista formado em jornalismo em Nova York, "cobriu" a primeira Intifada, a guerra da Bósnia e, agora, voltou à Faixa de Gaza para acompanhar o processo nada colorido de retomada das negociações de paz na região.
Sua última "notícia" saiu na edição de 6/7 da revista do "The New York Times" (www.nytimes.com/magazine). Tem seus dois livros publicados no Brasil pela editora Conrad e, em breve, deve nos brindar com um novo "documentário em quadrinhos" sobre a sua última visita ao Oriente Médio. Comece já a campanha: "Ponha o Sacco na lista da Fuvest".

balao@folha.com.br


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