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São Paulo, segunda-feira, 15 de dezembro de 2003

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JOVENS REPUDIAM ATO DE SKINHEADS, E LEITOR QUER MAIS OPÇÕES DE LAZER PARA QUEM VIVE NA PERIFERIA

Punam mais esse crime
"Lamentável a atitude desses skinheads. Hoje, vendo a TV, assisti a um ato deplorável desses canalhas! Onde já se viu jogar de dentro de um trem duas pessoas inocentes pelo simples fato de estarem vestidas com roupas de bandas? Esses caras nunca ouviram falar em "liberdade de expressão"? Vivendo no país em que vivem, com tanta diversidade racial e cultural, como podem defender a "purificação da raça branca"? Quem são eles para julgarem as pessoas por suas roupas, pelas músicas que ouvem, por sua raça e por sua preferência sexual? Tenho vergonha de pensar que esses três homens que cometeram tal crime são brasileiros! Que a justiça seja feita."
Cecília Oliveira Peres, 22 - Santo André, SP

Estou com medo
"Estava me trocando para ir à galeria do rock. Colocava uma camisa de banda de rock, calça jeans e algumas correntes, do jeito que eu gosto de me vestir. Mas, antes de sair, deparei-me com uma reportagem sobre dois amigos que tiveram de pular do trem ameaçados por skinheads. Após ler a reportagem, encontrava-me numa mistura de medo, revolta e tristeza. Fiquei com medo de ser abordado por algum louco desses. Fiquei revoltado por estar pessimista em relação à punição desses jovens e triste em relação às vítimas e em relação à nossa sociedade. Por que uma pessoa leva adiante os ideais de Hitler, um dos maiores assassinos da história?"
E.O.M., 21 - São Paulo, SP

E a turma da periferia?
"Excelente a reportagem "Férias para quê?" (ed. de 8/12), mostrando o abismo social existente nas alternativas de lazer para os jovens paulistanos. Enquanto os jovens das classes média e alta têm acesso a cultura, lazer, esporte, viagens, cursos etc., aos jovens da periferia praticamente nada é oferecido pelo poder público. É lamentável que a Prefeitura de São Paulo não ofereça opções aos jovens da periferia, como teatro, cinema, biblioteca, palestras, shows e quadras de esporte. Por que esse descaso e essa discriminação com a turma da periferia?"
Renato Khair, 33 - São Paulo, SP

De olho na Constituição
"Muito me surpreendeu a reportagem do Folhateen (ed. de 1/ 12) em que uma adolescente de 15 anos dizia que trabalharia nas férias. Como se sabe, a Constituição proíbe qualquer trabalho aos menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, o que não era o caso. Essa questão é tão delicada quanto a da maioridade penal e a da pena de morte, também abordadas na mesma edição. Como um veículo de comunicação não faz menção ao fato de um plebiscito sobre a pena de morte ser proibido, já que a Constituição veda expressamente esse tipo de pena? Além disso, só foi publicado um lado da questão, justamente o emocional. Que tipo de jornalismo maniqueísta é esse?"
Camilla Bemergui, 24 - São Paulo, SP

Violência em questão
"Leio sempre o Folhateen e não pude deixar de me espantar com a indignação da leitora Paula Saccheta (ed. de 8/12). Sim, como ela mesma disse, a violência já existia. Agora, família e amigos resolveram canalizar sua dor para algo positivo, como reabrir todas essas discussões (maioridade penal, impunidade e até mesmo pena de morte). Ninguém, em nenhum momento, disse que a violência não existia. Em vez de sentar e criticar quem tenta discuti-la, ela deveria fazer algo útil."
Viviana Cukier, 16 - São Paulo, SP

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