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São Paulo, segunda-feira, 15 de dezembro de 2003

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ONU alerta para os riscos do aumento da população mundial

Em 2300, o mundo pode ser um formigueiro global

DA REDAÇÃO

Se você fica com a impressão, quando caminha pelas ruas das grandes cidades, que tem gente demais no mundo, imagine como estará essa situação em 2300?
Se for mantida a atual taxa de fertilidade (a média mundial é de 2,69 filhos por mulher), a população global, que hoje é de 6,3 bilhões de pessoas, pode chegar a 244 bilhões em 2150 e alcançar absurdos 134 trilhões de seres humanos dentro de 300 anos.
As projeções foram realizadas pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) no estudo "População Mundial em 2300", divulgado na semana passada.
"Somos como o Titanic rumo a um iceberg", compara Joseph Chamie, diretor do Pnud. Essa estimativa, porém, é considerada o mais trágico dos cenários no estudo.
No mais tranquilo, que prevê 1,75 filho por mulher, a projeção cairia para 2,6 bilhões de habitantes em 2300. Já no cenário de fertilidade alta, no qual foi usada a taxa de 2,25 filhos por mulher, a população global atingiria 36,4 bilhões de pessoas.
Estimativas anteriores apontavam a população mundial entre 10 bilhões e 12 bilhões em 2200. As novas projeções prevêem um número menor em decorrência, sobretudo, da redução contínua das altas taxas de fertilidade nos países em desenvolvimento.
O relatório também estima o aumento do número de idosos. Enquanto a média de idade da população mundial hoje é de 26 anos, em 2300 ela pode praticamente dobrar e ser de 50 anos. Em consequência, a população de pessoas com mais de 60 anos saltará dos 10% atuais para 38% em 2300, e os idosos com mais de 80 anos podem aumentar do 1% de hoje para 17% em três séculos.
A expectativa de vida também tende a aumentar. Em países desenvolvidos, como os EUA, a Suécia e o Japão, por exemplo, pode se tornar frequente viver em média mais de cem anos. E, na China, a expectativa de vida pode alcançar 85 anos.
De acordo com essas projeções, em 2300, a população brasileira será de 223 milhões. O número colocará o Brasil no oitavo lugar do ranking dos países mais populosos. Em 2000, o país ocupava a quinta posição. A queda se deve a projeções de redução na taxa de fertilidade brasileira.
Estudos que traçam diferentes cenários de mudanças populacionais a longo prazo são feitos para que cientistas, ambientalistas, políticos e outros especialistas possam prever e tentar solucionar os efeitos do impacto do número de pessoas sobre a vida no planeta.


(com agências internacionais)


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