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folhateen explica
ONU alerta para os riscos do aumento da população mundial
Em 2300, o mundo pode ser um formigueiro global
DA REDAÇÃO
Se você fica com a impressão, quando caminha pelas ruas das grandes cidades, que
tem gente demais no mundo, imagine como
estará essa situação em 2300?
Se for mantida a atual taxa de fertilidade (a
média mundial é de 2,69 filhos por mulher), a
população global, que hoje é de 6,3 bilhões de
pessoas, pode chegar a 244 bilhões em 2150 e
alcançar absurdos 134 trilhões de seres humanos dentro de 300 anos.
As projeções foram realizadas pelo Pnud
(Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) no estudo "População Mundial
em 2300", divulgado na semana passada.
"Somos como o Titanic rumo a um iceberg", compara Joseph Chamie, diretor do
Pnud. Essa estimativa, porém, é considerada
o mais trágico dos cenários no estudo.
No mais tranquilo, que prevê 1,75 filho por
mulher, a projeção cairia para 2,6 bilhões de
habitantes em 2300. Já no cenário de fertilidade alta, no qual foi usada a taxa de 2,25 filhos
por mulher, a população global atingiria 36,4
bilhões de pessoas.
Estimativas anteriores apontavam a população mundial entre 10 bilhões e 12 bilhões em
2200. As novas projeções prevêem um número menor em decorrência, sobretudo, da redução contínua das altas taxas de fertilidade
nos países em desenvolvimento.
O relatório também estima o aumento do
número de idosos. Enquanto a média de idade da população mundial hoje é de 26 anos,
em 2300 ela pode praticamente dobrar e ser
de 50 anos. Em consequência, a população de
pessoas com mais de 60 anos saltará dos 10%
atuais para 38% em 2300, e os idosos com
mais de 80 anos podem aumentar do 1% de
hoje para 17% em três séculos.
A expectativa de vida também tende a aumentar. Em países desenvolvidos, como os
EUA, a Suécia e o Japão, por exemplo, pode se
tornar frequente viver em média mais de cem
anos. E, na China, a expectativa de vida pode
alcançar 85 anos.
De acordo com essas projeções, em 2300, a
população brasileira será de 223 milhões. O
número colocará o Brasil no oitavo lugar do
ranking dos países mais populosos. Em 2000,
o país ocupava a quinta posição. A queda se
deve a projeções de redução na taxa de fertilidade brasileira.
Estudos que traçam diferentes cenários de
mudanças populacionais a longo prazo são
feitos para que cientistas, ambientalistas, políticos e outros especialistas possam prever e
tentar solucionar os efeitos do impacto do número de pessoas sobre a vida no planeta.
(com agências internacionais)
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