ANDRÉ VAISMAN
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O mercado de videogames anda impressionando executivos de todas as áreas. Os motivos são muitos. O principal é, obviamente, o volume de dinheiro que essa indústria tem movimentado.
O economista ainda acha que "game é coisa de criança", mas, ao se deparar com 2 milhões de unidades vendidas nos Estados Unidos do jogo "The Simpsons Hit and Run", a US$ 50 cada uma e em apenas quatro meses, o cara percebe que é negócio de adulto. E de adulto rico.
Hollywood já ficou para trás em termos de faturamento, e a indústria fonográfica, que se debate em tempos digitais, é a próxima vítima.
Nintendo, Sony e Microsoft se estapeiam, trocam insultos e blefes e soltam notícias sobre o que será notícia. A Nintendo, por exemplo, diz que anunciará o sucessor de seu GameCube, o N5, na E3 (maior feira de games do planeta) de 2005 para lançá-lo em 2006.
A Sony informa que anunciará seus novos lançamentos em breve. O PSP deve ser apresentado, e o PS3, anunciado na mesma feira de games.
A maior jogada parece ser o lançamento do PS2 na China. A Sony compreendeu que só vencerá a pirataria no maior mercado potencial do mundo se estiver presente e respeitando os consumidores. O PS2 chinês deve sair por US$ 170 e trazer três games na caixa.
Números monstruosos, centenas de milhares de empregos, avanços tecnológicos, a mídia do futuro... E nós, felizes brasileiros, assistimos a tudo isso de longe... Invejosos e já ficando para trás...