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comportamento
"Ano livre" é prática comum na Europa
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Viajar para conhecer
culturas diferentes
ou trabalhar antes
de entrar em uma
universidade são
práticas comuns entre os adolescentes europeus.
As brasileiras Ana Rossin e
Bruna Padovan, que estão na
Europa nesse esquema, fizeram amizade com jovens que
também estão fora de casa.
"Na Europa, existe uma visão
diferente sobre a faculdade e a
carreira. Aqui, muitos pensam
que com 17, 18 anos, você não é
maduro o suficiente para decidir o que quer fazer pelo resto
da vida. Assim, os europeus tiram um ano viajando ou ficam
em seus países trabalhando em
diferentes áreas para saber do
que gostam", afirma Bruna.
A austríaca Verena Loeschnig, 23, é um exemplo disso.
Com o objetivo de aprimorar
seu inglês, ela decidiu ir para os
EUA, onde trabalha como babá.
"Eu também tinha curiosidade
em conhecer a vida e a cultura
americana mais de perto", diz.
Encerrada a experiência, ela
quer voltar à Áustria. "Sempre
gostei de criança. Vou estudar
para ser professora de jardim
de infância quando voltar."
Para Alípio Casali, professor
de pós-graduação em educação
da PUC-SP, e Maria Beatriz de
Oliveira, professora da faculdade de educação da Unesp, viajar, conhecer outras culturas,
aprender outra língua e "estar
por conta de si" para tomar decisões é um roteiro estimulante
que pode fazer a diferença no
mercado de trabalho.
Oliveira, porém, faz uma ressalva: "A experiência no exterior pode produzir um efeito
pouco esperado, que consiste
em se afastar de seu meio cultural e, ao regressar, não conseguir espaço no mercado de trabalho por não ter tido uma experiência, mesmo que frustrante, no seu próprio país."
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