São Paulo, segunda-feira, 16 de março de 2009

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comportamento

"Ano livre" é prática comum na Europa

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Viajar para conhecer culturas diferentes ou trabalhar antes de entrar em uma universidade são práticas comuns entre os adolescentes europeus.
As brasileiras Ana Rossin e Bruna Padovan, que estão na Europa nesse esquema, fizeram amizade com jovens que também estão fora de casa.
"Na Europa, existe uma visão diferente sobre a faculdade e a carreira. Aqui, muitos pensam que com 17, 18 anos, você não é maduro o suficiente para decidir o que quer fazer pelo resto da vida. Assim, os europeus tiram um ano viajando ou ficam em seus países trabalhando em diferentes áreas para saber do que gostam", afirma Bruna.
A austríaca Verena Loeschnig, 23, é um exemplo disso. Com o objetivo de aprimorar seu inglês, ela decidiu ir para os EUA, onde trabalha como babá. "Eu também tinha curiosidade em conhecer a vida e a cultura americana mais de perto", diz.
Encerrada a experiência, ela quer voltar à Áustria. "Sempre gostei de criança. Vou estudar para ser professora de jardim de infância quando voltar."
Para Alípio Casali, professor de pós-graduação em educação da PUC-SP, e Maria Beatriz de Oliveira, professora da faculdade de educação da Unesp, viajar, conhecer outras culturas, aprender outra língua e "estar por conta de si" para tomar decisões é um roteiro estimulante que pode fazer a diferença no mercado de trabalho.
Oliveira, porém, faz uma ressalva: "A experiência no exterior pode produzir um efeito pouco esperado, que consiste em se afastar de seu meio cultural e, ao regressar, não conseguir espaço no mercado de trabalho por não ter tido uma experiência, mesmo que frustrante, no seu próprio país."


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