São Paulo, segunda-feira, 16 de maio de 2011 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
ESCUTA AQUI ÁLVARO PEREIRA JÚNIOR - cby2k@uol.com.br Ao lado das minhas velhas companheiras AQUI AO meu lado, as boas do mês, "Uncut" e "Word'", minhas revistas favoritas de tantos anos. Nunca foram especializadas nas ultimíssimas novidades, sempre miraram os leitores mais coroas. Mas se mantinham decentemente atualizadas, o suficiente para que eu pudesse ter uma noção do que se passava no mundo da música, dos livros e dos filmes. Como isso mudou! Só não cancelo a assinatura, principalmente da "Uncut", por inexplicáveis razões sentimentais. Parar de ler essa revista/companheira, editada pelo genial Allan Jones, seria assumir que mais uma etapa da vida foi ultrapassada. Acho que ainda não estou preparado. A "Uncut" avança cada vez mais no saudosismo do rock americano dos anos 60 e 70 (o que parece ser uma obsessão de dez em dez jornalistas musicais ingleses de mais de 50 anos). A "Word" é mais jornalística, procurar olhar também para o mundo de hoje. Mas seus articulistas têm quase todos minha idade ou um pouco mais. Oscilam entre o saudosismo e o deslumbramento. Logo que surgiu o iPad, lembro de um deles dizendo, ironicamente, que o aparelho vinha para resolver um problema que não existia -o problema dos livros de papel. Aos poucos, os céticos foram ficando deslumbrados. Mais ou menos como eu fiz há poucas semanas, contando de quando li meu primeiro livro em um iPad. Há um certo conforto em ler gente da sua geração com opiniões parecidas com as suas. Mas esse conforto pode virar mesmice, tédio. Cada vez mais associo essas duas palavras à "Word" e à "Uncut". Mas resisto. Vou continuar a lê-las. Podem não servir para quase nada -mas ao menos me dão a sensação de que o tempo não passou tanto assim. PLAYER Ouça on-line "Back Up Plan", Big Boi Tensão total, em letra sobre... sexo, claro. Ouço direto há um mês. Big Boi é o cara Delete "Un Oso Rojo", filme argentino Assisti pela deusa Soledad Villamil. Parece filme brasileiro. Não preciso explicar mais Delete Metrô em Higienópolis Se não morrasse tanto jornalista no bairro, esse não-assunto jamais teria destaque Texto Anterior: Aqueles dias de glória Próximo Texto: Quando eu tinha a sua idade: 'Salvei o Negão Celso, boiola, da morte' Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |