Lendas do sexo

"Quero saber se um cara, ao ingerir o próprio esperma, sem querer, quando está se masturbando, pode pegar Aids?"

"Pode haver alguma conseqüência em fazer muito sexo oral em um pênis grande? Minha namorada está preocupada e acha que está ficando bochechuda!"

"Já ouvi falar que há mais riscos em o homem fazer sexo oral na mulher do que o contrário. Isso é verdade?"

"É possível que um pênis torto cause um calo na vagina?" TODA SEMANA, a coluna recebe uma série de dúvidas sobre os mais diversos assuntos. Algumas delas chamam a atenção pela forma como o leitor interpretou e entendeu alguma informação que leu ou ouviu. São equívocos ou lacunas no conhecimento que podem trazer problemas futuros na vida sexual.
Primeira pergunta: ninguém pega Aids de si mesmo. Se a pessoa já está contaminada pelo HIV, ela não pode se infectar novamente com o próprio vírus. Se ela não está contaminada, ela não tem como pegar o vírus dela mesma. É curioso notar que a falha de comunicação está em achar que pelo fato de alguém poder se contaminar com sangue e secreções de uma pessoa infectada, também poderia se contaminar com seu próprio sangue e suas secreções. Nada a ver!
Segunda questão: sexo oral não deforma a boca de ninguém! Nem se o pênis for "gigante", e a prática, diária. O único cuidado necessário é usar a camisinha para evitar que o sexo oral sem proteção possa transmitir doenças, inclusive a Aids.
Terceira pergunta: quem pratica sexo oral sem proteção se arrisca mais do quem está recebendo o sexo oral. Tanto faz se é o homem que faz na mulher ou se é a mulher que faz no homem. Quem faz se arrisca mais porque entra em contato com mais secreções (esperma, secreção vaginal ou líquido pré-ejaculatório).
Quarta questão: pênis torto não causa calo na vagina. Ele pode até tornar o sexo um pouco mais difícil e desconfortável (principalmente se for muito torto), mas causar calo e deformações na vagina é um exagero. Agora, torto ou não, camisinha é fundamental.
Há quem diga que muitas dúvidas semelhantes às respondidas hoje aqui só podem ser brincadeira. Pode ser que sim, pode ser que não. Na dúvida, a gente responde. E, se forem brincadeiras, elas mostram, no mínimo, que a imaginação tende a crescer onde a informação um dia pode ter faltado.


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