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MÚSICA
Snooze e Violins and Old Books são belos lançamentos
Brasil sabe fazer bom rock inglês
GUILHERME WERNECK
DA REPORTAGEM LOCAL
Às vezes, bandas legais surgem de
onde menos se espera. Esse é o
caso de dois grupos independentes
que acabam de ter discos lançados
pelo selo goiano Monstro Discos
(www.mostrodiscos.com.br). A
primeira banda é a já veterana
Snooze, de Aracaju (SE), que chega
ao segundo álbum, e a outra é o
Violins and Old Books, de Goiânia
(GO), que lança seu primeiro EP.
Formada em 1992, a Snooze começou como um "power trio",
composto pelos irmãos Rafael Jr.
(bateria), Fabinho (baixo e vocal) e
Daniel Garcia (guitarra). Em 1999, o
guitarrista deixou a banda e foi
substituído por Mauro Spaceboy.
No ano passado, o trio virou um
quarteto com a entrada de mais um
guitarrista, Clínio Jr..
Essas duas últimas formações podem ser ouvidas no CD "Let My
Head Blow Up". Isso porque o disco
é praticamente um dois em um. As
oito primeiras faixas foram gravadas pelo trio em estúdio em 2000, e
as oito últimas, pelo quarteto, ao vivo, em 2001.
E o que se ouve no CD é um rock
seguro e empolgante, que mescla
crueza com viagens de guitarra,
além de ter um vocal convincente.
As gravações em estúdio e ao vivo
complementam-se, pintando um
retrato fiel da banda. As faixas de
estúdio têm composições mais fechadas, com blocos sonoros bem
estruturados; ao vivo, com um guitarrista a mais, esses blocos ganham
improvisações climáticas.
"A gente fica tomado quando improvisa. Combinamos quando começa a improvisação e ficamos uns
dez minutos tocando. Às vezes não
dá certo, mas é sempre legal", diz
Rafael Jr., 28.
A Violins and Old Books tem outra pegada. Influenciada por grupos
de rock melancólico como o Radiohead e o Muse, a banda foi formada
em 2001 por Beto Cupertino (vocal,
guitarra e teclado), Léo Alcanfôr
(guitarra), Pierre Alcanfôr (bateria)
e Timóteo Madaleno (baixo).
O EP "Wake Up and Dream" traz
sete faixas repletas de lamentos de
Cupertino em inglês, acentuadas
por um instrumental simples e preciso, que privilegia a melodia. "As
letras são bem pessoais e sinceras",
diz Cupertino, 23. "Mas, nos shows,
achamos que às vezes as pessoas
não entram no clima por não entendê-las direito. No próximo disco,
vamos gravar só em português."
Se você ficou curioso, a banda promete tocar em São Paulo em outubro, no Orbital.
Para ouvir "Fireworks", com Violins and Old
Books, e "A Song to Prepare", com Snooze,
ligue para 0/xx/11/3471-4000 e escolha a
opção Música - Lançamentos. O custo é só o
da ligação.
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