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Cartas
Jovem nunca está satisfeito. Uma reclama porque tem Legião demais; outra, porque tem de menos...
Como tem porcaria!
"Sempre leio o Folhateen e percebo como
tem porcaria no mundo musical. O pior é que
tem muitos fãs de Panic! at the Disco e de
todas as bandas emos, além de RBD, Linkin
Park, Evanescence etc. Será por isso que as
rádios do segmento rock estão sumindo?
Programas bons como o "Garagem", agora
só pode curtir quem tem internet."
PAULO ROGÉRIO PEDRO, 25, São
Paulo, SP
Quanto desgosto
"Foi com muito desgosto que abri o Folhateen desta
segunda (9/10) e vi novamente uma matéria sobre o Legião
Urbana. Sem sombra de dúvidas é uma banda brasileira
expressiva, que jamais deve ser jogada no fundo da gaveta,
mas matérias repetitivas tiram a oportunidade de coisas
novas aparecerem. Acredito que jornal é coisa séria!"
LÍGIA SOUZA PETRINI, 19, São Paulo, SP
Quanta decepção
"Como assim, Folhateen? Vocês escreveram muito pouco
sobre o Legião na última edição!!! São dez anos sem Renato
Russo e vocês botaram uma mera foto dele mais um texto
mínimo que não quis dizer nada! Espaço para falar mal de
outros cantores vocês têm, né?! Quando ele morreu, eu
tinha apenas seis anos e já escutava as músicas. Fica aí a
minha homenagem e decepção com o Folhateen."
ELISA ITO KAWAHARA, 16, Indaiatuba, SP
Eu sou normal!
"Será que eu posso ser normal não sendo um "emo", "indie",
"neovelho" ou qualquer um desses rótulos que o Folhateen
vem incessantemente publicando? Infelizmente essa
possibilidade não está nos planos das reportagens que
este caderno vem fazendo nos últimos meses."
RENATO MATTAR, 19, por e-mail
Bocha e golfe
"Quero parabenizar a iniciativa do Folhateen de mostrar
que pessoas adolescentes não se sentem intimidadas em
praticar esportes e conviver com pessoas de outras faixas
etárias. O praticante de bocha disse que o convívio o
amadureceu: "Eles têm experiência de vida". Já a golfista
falou: "Eu quero jogar quando tiver a idade deles. Eles são
saudáveis". Porém, acho que os jornalistas poderiam
melhorar a reportagem em dois pontos. Faltou indicar para
os leitores onde praticar esses esportes. E acho que houve
um excesso de uso da palavra "velhinhos"."
JOSÉ COCCO, por e-mail
Resposta ao Sandro
"O meu colega de leitura do Folhateen, Sandro Ribeiro
Chagas, 32, de São Paulo, deve se lembrar mais da sua
juventude do que eu (afinal, ele passou há pouco pelos 16,
17, 18 anos)... Eu, criança, não gostava de estudar. Preferia
brincar de "casinha", fazer comida... Só comecei a estudar
-mas sempre com grande sacrifício, nunca com prazer-
no colegial. Me formei com muito orgulho professora e
depois advogada. Uma constatação é apenas a tradução em
palavras de um fato comprovado. A maioria dos jovens não
gosta de trabalhar nem de estudar, mas alguns gostam.
Com 72 anos, depois de ter estudado e trabalhado muito,
penso que posso me dar ao luxo de ter o grande prazer de
ler o Folhateen todas as segundas-feiras e, aceitando o
convite, escrever para elogiar ou criticar. Quando uma
simples carta elogiando a coerência dos jovens na escolha
do candidato à Presidência causa indignação num homem
de 32 anos, é sinal de que nossa liberdade de expressão e
nossa democracia correm grave e iminente perigo."
MARIA GILKA B. DA CUNHA, 72, São Paulo, SP
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