São Paulo, segunda-feira, 16 de novembro de 2009

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DANÇA

B-boy classe A

Dançarino brasileiro de break disputa mundial em NY

TARSO ARAUJO
DA REPORTAGEM LOCAL

No ar ou de costas coladas no chão, Neguin roda feito pião.
Girou o mundo dançando, deslizando, voando no ritmo do hip hop. Na próxima quarta-feira, ele chega ao berço e topo do mundo do breakdance, a cidade de Nova York.
Fabiano Lopes, 19, natural de Cascavel (PR), diz o RG do brasileiro. Neguin, simplesmente, como é conhecido o representante nacional no campeonato que rola depois de amanhã nos EUA, com 16 dos melhores b-boys do mundo.
A disputa acontece todos os anos, organizada por uma marca de bebidas que convida os b-boys de maior expressão do momento. Eles fazem duelos eliminatórios. Cada um mostra seus melhores passos e quem impressionar mais o júri passa adiante, até a grande final.
Para Neguin, quem vence não é necessariamente o melhor do mundo. "É que nem futebol. Tem sempre uns caras muito bons, mas cada um tem seu estilo."
Não é desculpa de quem não gosta de competir, até porque foi assim que ele visitou quase 20 países, até na Ásia.
"Fui o primeiro a conhecer o b-boy em Cascavel. Evoluí rápido, não parei de estudar, comecei a competir há cinco anos, logo ganhei alguns concursos e começaram a surgir as oportunidades de competir fora", diz.
Hoje, vive exclusivamente do break, em Balneário Camboriú (SC). Quando não está competindo, faz shows, comerciais, dá "workshops" para dançarinos e aulas para jovens carentes de uma ONG em Itajaí (SC).
Ele começou a praticar capoeira aos seis anos, mas o misto de dança, jogo e luta afro-brasileiro é apenas uma das influências de seu estilo.
"Minhas inspirações são a capoeira, o frevo, o samba de malandro, tudo se aproveita", diz o jovem, que, se ganhar em NY, espera conseguir mais apoio para os b-boys brasileiros.


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