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DANÇA
B-boy classe A
Dançarino brasileiro de break disputa mundial em NY
TARSO ARAUJO
DA REPORTAGEM LOCAL
No ar ou de costas coladas no chão, Neguin roda feito pião.
Girou o mundo dançando, deslizando, voando no
ritmo do hip hop. Na próxima quarta-feira, ele chega
ao berço e topo do mundo
do breakdance, a cidade de
Nova York.
Fabiano Lopes, 19, natural de Cascavel (PR), diz o
RG do brasileiro. Neguin,
simplesmente, como é conhecido o representante
nacional no campeonato
que rola depois de amanhã
nos EUA, com 16 dos melhores b-boys do mundo.
A disputa acontece todos
os anos, organizada por
uma marca de bebidas que
convida os b-boys de maior
expressão do momento.
Eles fazem duelos eliminatórios. Cada um mostra
seus melhores passos e
quem impressionar mais o
júri passa adiante, até a
grande final.
Para Neguin, quem vence
não é necessariamente o
melhor do mundo. "É que
nem futebol. Tem sempre
uns caras muito bons, mas
cada um tem seu estilo."
Não é desculpa de quem
não gosta de competir, até
porque foi assim que ele visitou quase 20 países, até
na Ásia.
"Fui o primeiro a conhecer o b-boy em Cascavel.
Evoluí rápido, não parei de
estudar, comecei a competir há cinco anos, logo ganhei alguns concursos e começaram a surgir as oportunidades de competir fora", diz.
Hoje, vive exclusivamente do break, em Balneário
Camboriú (SC). Quando
não está competindo, faz
shows, comerciais, dá
"workshops" para dançarinos e aulas para jovens carentes de uma ONG em Itajaí (SC).
Ele começou a praticar
capoeira aos seis anos, mas
o misto de dança, jogo e luta
afro-brasileiro é apenas
uma das influências de seu
estilo.
"Minhas inspirações são
a capoeira, o frevo, o samba
de malandro, tudo se aproveita", diz o jovem, que, se
ganhar em NY, espera conseguir mais apoio para os b-boys brasileiros.
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