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MÚSICA
Fetiche musical
Selo aposta no disco como objeto de desejo para lançar seus artistas
DA REPORTAGEM LOCAL
Você pagaria R$ 25 por
duas músicas? E se elas
viessem em um LP de
sete polegadas, em edição limitada de 300 cópias, com uma
capa caprichada e um cartão
que dá direito a download de
material exclusivo na internet?
Resgatar o prazer de comprar música, por meio de formatos diferenciados, uma tendência do mercado, é a aposta
do selo musical Vigilante, da
gravadora Deckdisc, que começa a lançar material de seus artistas em junho.
São eles: Boss in Drama, Volantes, MIM (ex-Madame
Mim), The Name, Colombia
Coffee e Vivendo do Ócio.
"O artista vai se envolver em
todos os processos, desde a gravação até as formas de merchandising para lançamento",
explica Rafael Ramos, diretor
artístico do selo.
Fashionista de carteirinha, a
cantora e compositora de electro-pop MIM, por exemplo, vai
lançar suas músicas juntamente com uma coleção de roupas.
Cada peça terá um código para
download das canções.
Ramos, que apresentou o
"Quiz MTV", com Adriane Galisteu, e produziu álbuns de
Pitty, Los Hermanos e Deadfish, entre outros, diz querer
resgatar o formato de EP.
Segundo ele, no Brasil, EP virou a famosa "música de trabalho". "Lá fora, artistas lançam
EPs com quatro ou oito músicas", diz. "Não precisa ter um
discão completo, recheado, para começar a vender."
Mais importante, diz Ramos,
é cair na estrada. De preferência em turnês longas. "Criar
uma base grande de fãs, para
que o retorno seja maior quando sair o disco", explica.
As bandas que quiserem sair
da garagem podem mandar
material para avaliação. Basta
postar um link no Twitter do
selo Vigilante (twitter.com/
semprevigilante).
(IURI DE CASTRO TÔRRES)
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