São Paulo, segunda-feira, 17 de agosto de 2009

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SEXO & SAÚDE

Jairo Bouer - jbouer@uol.com.br

Por onde eu comecei

Decidir o que a gente vai fazer pelo resto da vida não é fácil. O momento da escolha profissional, tanto na hora de prestar um vestibular como no momento de optar por uma área específica dentro da carreira, é das tarefas mais árduas da juventude.
Vou aproveitar o tema do especial "Por Onde Eu Começo?" para comentar um pouco sobre como foi o meu caminho, que não seguiu uma linha muito reta, mas me levou a um lugar que hoje me deixa muito feliz.
No momento do vestibular, eu estava bastante dividido entre três temas de que gostava muito : saúde, comunicação e animais. Como conciliar áreas tão distintas?
Pois eu também não tinha a menor ideia de como fazer isso, na época. Escolhi a área de saúde e prestei vestibular para medicina. Passei na USP e comecei o curso, que eu curtia muito, mas que desde o início me dava a sensação de que não resolveria todos os meus anseios.
Assim, no meio do curso, prestei outro vestibular, para comunicação, e também passei. Mas, justo nesse ano, começou a valer uma lei na USP (que, aliás, considero bastante justa) que só permite que o aluno faça um curso por vez. Meu projeto foi adiado na universidade, mas contemplado em cursos isolados, oficinas e workshops sobre criação literária, roteiro, redação e por aí vai.
Médico formado, escolhi a psiquiatria (área em que a comunicação com o paciente é fundamental) e bingo: surgiu também uma vaga para começar a escrever na Folha sobre saúde. Sete anos depois de aprimorar o trabalho e a linguagem médica aqui no jornal, fui chamado para fazer TV. E daí segui em frente: rádio, livros, internet, revistas, sempre falando sobre saúde. E, na paralela, atendendo em hospitais e consultório.
Nada foi à toa! Tudo o que a gente acumula ao longo da formação, em algum momento, se a gente quiser mesmo, acaba sendo resgatado.
Mas e os animais? Além de ter cercado minha vida de tartarugas, cachorros, pássaros e peixes, não perdia uma visita ao zoológico e aos museus de história natural nas cidades que visitava. E não é que agora voltei aos bancos universitários para estudar um pouco de zoologia? Semana que vem dou uns palpites aqui sobre como imagino que poderia ser uma universidade mais adequada aos tempos modernos, mais multidisciplinares.


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