São Paulo, segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

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SEXO & SAÚDE

Jairo Bouer - jbouer@uol.com.br

Ponto G: mito ou realidade?

U ma das perguntas que mais chega aqui para nossa coluna pode ficar definitivamente sem resposta.
O ponto G, alvo da curiosidade de garotos e garotas, pode ser apenas ficção científica, de acordo com uma grande pesquisa feita no Reino Unido e divulgada há duas semanas.
Pois é! Durante décadas, uma série de cientistas defendeu a existência do tal ponto G (que, de fato, nunca foi precisamente identificado e localizado) na região superior da vagina, a poucos centímetros da entrada do órgão sexual feminino. Para eles, essa seria uma área que, quando estimulada, traria prazer para a mulher e teria ligação com um orgasmo mais profundo e intenso.
Ma o tal ponto nunca foi um consenso! Muita gente duvidava de sua existência. Já o clitóris (localizado na área externa da vagina, na junção superior dos pequenos lábios) nunca causou esse tipo de polêmica. Sempre esteve lá e funciona como um gatilho certeiro para o prazer feminino.
Alguns médicos defendiam que o tal ponto G nada mais seria do que um punhado de terminações nervosas do clitóris que se estendiam para dentro da vagina.
Enfim, como gato escaldado sempre tem medo de água, muitas vezes, a gente disse aqui na coluna que mais importante do que ter um "mapa preciso da mina" (desculpem o trocadilho), fundamental é que o casal pudesse explorar junto o corpo dos dois.
O que dá prazer, como isso acontece e onde se passa esse processo é uma equação sem resposta única. Cada dupla tem de buscar suas próprias respostas.
O estudo inglês investigou a vida sexual de 1.800 mulheres inglesas que tinham irmãs gêmeas e concluiu que a existência do ponto G é absolutamente subjetiva, ou seja, as opiniões de que ele existe ou não variam de acordo com a impressão de cada uma das mulheres e não seguem um padrão genético definido.
É lógico que essa história ainda vai dar muito pano para manga, mas, de qualquer forma, em vez de ficar procurando um ponto que pode nem existir, é melhor a gente se concentrar em conhecer nosso corpo e entender o que dá mais prazer para cada um de nós, certo?


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