São Paulo, segunda-feira, 18 de maio de 2009

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ciência

Garotas dos Estados Unidos levam o grande prêmio da feira

Vencedoras pesquisaram seres vivos

ENVIADO A RENO

Boa parte dos milhões de dólares distribuídos na Intel Isef 2009 foi parar no bolso dos norte-americanos.
O número de prêmios representa, é claro, não só a qualidade dos projetos, mas a proporção dos participantes do evento -cerca de dois terços deles eram dos EUA.
As grandes estrelas da competição foram as meninas. E, a julgar pelo quesito dinheiro, a mais brilhante delas foi Tara Anjli Adiseshan, 14, que recebeu, no total, US$ 58 mil (mais de R$ 120 mil).
Tara estuda em Charlottesville (Virginia) e seu projeto foi um dos três vencedores do grande prêmio da feira, além de ter conquistado o título de melhor pesquisa na categoria ciências animais. A garota identificou e classificou as interações entre abelhas e nematelmintos (os vermes cilíndricos).
Os prêmios recebidos por Tara refletem a opinião do corpo de jurados que visitou os estandes em que os alunos explicavam seus projetos -os avaliadores eram cerca de 9.000 especialistas, entre ganhadores do Prêmio Nobel e doutores.
As outras duas vencedoras do grande prêmio, também norte-americanas (bocejo), foram Olivia Schwob, 16, e Li Bayhton, 17.
Olivia concorreu na categoria de ciências do comportamento e sociais, com o projeto que investigou como os nematelmintos (de novo?) da espécie Caenorhabditis elegans aprendem de maneira semelhante aos mamíferos, por condicionamento e associação.
Li, por sua vez, foi premiada na categoria de ciências do ambiente. Descobriu que é possível utilizar bactérias bioluminescentes para detectar agentes contaminadores na natureza.
Será coincidência que os vencedores do grande prêmio tenham investido em seres vivos, em vez de apostar em equipamentos tecnológicos? Parece que não.
O brasileiro mais bem colocado, Ivan Ferreira, 18, conquistou o segundo lugar na categoria microbiologia por ter descoberto antibióticos nos ovos das aranhas armadeiras. Recebeu US$ 1.500 (pouco mais de R$ 3.000).
Desde 1997, o Brasil não chegava tão longe. (DB)


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