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Binário e maquinado
DA REPORTAGEM LOCAL
A
inda estamos no
meio de 2007, mas já
dá para falar com
tranqüilidade que
"Homem Binário",
do Maquinado, é um dos discos
brasileiros mais poderosos e
atordoantes do ano.
Isso porque quem está à frente do projeto é Lúcio Maia, guitarrista da Nação Zumbi. Mais
do que um trabalho solo, o Maquinado é um coletivo formado
por membros da própria Nação, além de Rica Amabis, Rodrigo Brandão etc., ou seja, só
gente que faz música brasileira
de ponta, com mil referências,
de bagunçar neurônios.
Por sorte, não é um daqueles
tediosos discos de guitarristas
exibicionistas; mas faz valer a
alcunha de Jimi Hendrix do
Recife que acompanha Lúcio, já
que o disco ousa, cheio de psicodelia moderna que transborda hip hop, sons funkeados e
eletrônica ("Não Queira se
Aproximar" tem um groove
que pega o ouvinte).
"É um álbum de fotografias
musical, como um churrasco
com amigos", conta Maia, que
considera o projeto uma extensão da visão de mundo retrofuturista da Nação. "O título é
uma metáfora da mecanização
do raciocínio. Como na linguagem dos micros, onde tudo é 0
ou 1, na vida tudo é "sim" ou
"não", "certo" ou "errado"."
(BYS)
HOMEM BINÁRIO
Maquinado
www.myspace.com/maquinado
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