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Seleção de modelos não segue regras fixas
DA REPORTAGEM LOCAL
As roupas são fundamentais nos
desfiles, mas o look que a marca irá
imprimir para a sua coleção só começa a se desenhar na hora em que ela
escolhe as modelos que darão corpo
às criações do estilista.
"No casting, a gente procura escolher modelos adequadas ao conceito
da marca, à história que a coleção está
contando e ao público que a marca
atinge", diz o stylist Maurício Ianês,
30, que produzirá desfiles de marcas
como Ellus, Alexandre Herchcovitch,
Huis Clos e Cori na SP Fashion Week.
Para o stylist Rogério S., o fato de cada marca idealizar uma imagem diferente a cada coleção faz com que seja
impossível identificar nas "new faces"
um tendência. "Há espaço tanto para
as meninas que têm uma beleza mais
clássica, quanto para aquelas com
rostos mais desenhados, que a gente
chama de fashion", explica.
Já para Marco Aurélio Casal de Rey,
42, diretor de booking fashion da
agência Ford, os desfiles de inverno
são melhores "para modelos de pele
mais clara, com um perfil europeu".
O certo é que as agências preparam
o look das novas modelos meses antes de a temporada de desfiles começar. "Na Elite, temos prestadores de
serviços que preparam as modelos e
consertam os erros. Por exemplo, se a
modelo tem um problema de postura, mandamos fazer RPG", afirma o
booker Renato Júnior.
Na Ford, Adriana Ogata, 30, é responsável por preparar as "new faces".
"Na passarela, o que fazemos é aproveitar o estilo de cada pessoa e aprimorar a postura, a passada e trabalhar para que ela fique segura, com
autoconfiança", diz. "Cada estilista
gosta de um estilo, um tipo de passada diferente, e a gente prepara as modelos para conhecer todos os perfis."
Mesmo com toda essa preparação,
há requisitos básicos para quem quer
ser modelo. "Os estilistas procuram
um corpo que vista bem a roupa deles, e as meninas têm de ser bem magras, altas, sem gordura localizada,
além de ter atitude", diz Laura Vieira,
da agência Mega.
Por outro lado, há estilistas que gostam de fugir do padrão dos modelos,
como é o caso de Marcelo Sommer.
"Sempre chamei amigos e pessoas comuns. Quando uso modelos, gosto
dos que têm características pessoais
fortes, que fogem do estereótipo, por
que a roupa fica mais próxima do
real, mais democrática", diz.
(GW)
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