São Paulo, segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

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Cinema

Vai mais um pingüinzinho aí?

TETÉ RIBEIRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
EM LOS ANGELES

Se o documentário francês "A Marcha dos Pingüins", de 2005, e o musical de animação "Happy Feet", do ano passado, já fizeram você pensar que não precisa mais ver um pingüim pela frente pelas próximas décadas, respire fundo e acredite: vêm mais deles por aí.
É o filme "Tá Dando Onda", que ainda está em fase final de produção e deve entrar em cartaz no Brasil em outubro. Em inglês, o título é "Surf's Up", emprestado de um disco da banda Beach Boys.
Produzido pelo mesmo estúdio de "O Bicho Vai Pegar", "Tá Dando Onda" mistura dois universos bem distintos: o mundo das aves bizarras que gostam do gelo e o universo dos campeonatos de surfe.
A grande novidade é o formato documentário que os dois diretores, Ash Brannon (de "Toy Story 2") e Chris Buck (de "Pocahontas" e "Tarzan"), criaram para o filme. "A gente não tinha idéia nem que o documentário francês nem que o filme "Happy Feet" estavam sendo produzidos quando começamos", afirma Chris Buck. Será?
"É verdade, o estúdio jamais teria dado ok para o projeto se soubesse que tinha outros dois filmes com pingüins em produção", completa Ash Brannon. "Mas foi bom para nós. O documentário nos serviu muito na fase de pesquisa", diz o produtor Chris Jenkins.
Na história, o jovem pingüim Cody Maverick deixa sua cidade na Antártica e se muda para a ilha tropical Pen-Gu, onde acontece todo ano um campeonato de ondas gigantes. Sua trajetória é toda acompanhada por um "documentarista", que vai filmando tudo no caminho.
No estúdio onde "Tá Dando Onda" está sendo feito, em Los Angeles, o Folhateen deu de cara com um animador brasileiro: Renato dos Anjos, 34, que mora há dez nos EUA. "Sou chefe de um dos quatro times de animadores, cada um com 15 pessoas", disse. Ele conta que, logo que o projeto começou, toda a equipe caiu na água gelada da praia de Santa Mônica para tomar aulas de surfe e entender um pouco mais do esporte que iam retratar. "Consegui levantar na prancha por uns dois segundos só", afirma.
E, afinal, por que tantos pingüins? "Eles andam em dois pés, como nós, e isso faz a gente se enxergar um pouco neles. Outro animal que usa os dois pés é o canguru, mas ele pula e duvido que saiba surfar", diz Chris Buck, o outro diretor.


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