São Paulo, segunda-feira, 19 de abril de 2004

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Balão

Todo Charlie Brown

DIEGO ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Saudades desse aí de cima? Pois bem: em breve ele estará de volta ao Brasil em uma avalanche de livros que a Conrad promete lançar -como anunciou que faria a editora Fantagraphics recentemente- nos próximos longos anos!
São minilivros, compilações de tiras e uma antologia com 50 anos de tiras que será lançada para aproveitar o Dia dos Namorados. Não é curioso isso? Charlie Brown, o serzinho mais solitário do mundo (dos quadrinhos), como sinônimo de conquista, de romance?
Não sei se vocês leram muito "Snoopy", colecionaram bonequinhos ou então mandaram aqueles xavecos/ cartões inocentes para "a garotinha ruiva da escola", como Charlie Brown chamava seu amor platônico. Um... conhecido meu cansou de fazer isso!
É que, apesar dos títulos dos álbuns aparentemente bobos -"Pequeno Livro da Vida", "Guia de Estilo do Snoopy", "Felicidade é... um Cachorrinho Fofo" e "Snoopy, Eu te Amo!"-, os personagens de Charles Schulz, criados há 50 anos, só ganham profundidade -e por que não maturidade?- à medida que o tempo passa, e a gente cresce.
No ano passado, em uma entrevista com a viúva de Schulz, morto em 2000, recebi a última peça do enigma: "Schulz era só uma forma exagerada de como todos nós nos sentimos" -adultos e crianças. Acho que é a isso que costumam chamar de "universalidade", não é?

balao@folhasp.com.br


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