|
Texto Anterior | Índice
Balão
Todo Charlie Brown
DIEGO ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Saudades desse aí de cima? Pois bem:
em breve ele estará de volta ao Brasil
em uma avalanche de livros que a Conrad promete lançar -como anunciou
que faria a editora Fantagraphics recentemente- nos próximos longos anos!
São minilivros, compilações de tiras e
uma antologia com 50 anos de tiras que
será lançada para aproveitar o Dia dos
Namorados. Não é curioso isso? Charlie
Brown, o serzinho mais solitário do
mundo (dos quadrinhos), como sinônimo de conquista, de romance?
Não sei se vocês leram muito
"Snoopy", colecionaram bonequinhos
ou então mandaram aqueles xavecos/
cartões inocentes para "a garotinha ruiva
da escola", como Charlie Brown chamava seu amor platônico. Um... conhecido
meu cansou de fazer isso!
É que, apesar dos títulos dos álbuns
aparentemente bobos -"Pequeno Livro
da Vida", "Guia de Estilo do Snoopy",
"Felicidade é... um Cachorrinho Fofo" e
"Snoopy, Eu te Amo!"-, os personagens de Charles Schulz, criados há 50
anos, só ganham profundidade -e por
que não maturidade?- à medida que o
tempo passa, e a gente cresce.
No ano passado, em uma entrevista
com a viúva de Schulz, morto em 2000,
recebi a última peça do enigma: "Schulz
era só uma forma exagerada de como todos nós nos sentimos" -adultos e crianças. Acho que é a isso que costumam
chamar de "universalidade", não é?
balao@folhasp.com.br
Texto Anterior: Orelha Índice
|