São Paulo, segunda-feira, 19 de maio de 2008

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Sexo & Saúde

Jairo Bouer - jbouer@uol.com.br

Problemas a dois

1 "Tenho 23 anos e sempre que vou transar não consigo uma ereção total. Há aumento dos batimentos cardíacos e perco o desejo. Minha namorada é paciente, mas estou preocupado. Sempre tive esse problema. Um médico receitou antidepressivo. O que faço?"

2 "Minha namorada quer perder a virgindade comigo, mas não teremos uma vida sexual muito ativa. Estávamos pensando em outros métodos além da camisinha. Vale a pena começar a tomar pílula por uma coisa que irá acontecer raramente? Existe outro meio?"

3 "Tenho 20 anos e namoro há oito meses. Ela já namorou outro cara e sentia dores quando transava. Comigo ela não tem problemas, diz que sente arrepios e até ri na hora do sexo, mas só quando rola no sofá da sala dela. Já fora de casa, não consegue. Ela não se masturba e diz que nunca chegou ao orgasmo. Como posso ajudar?"


A ANSIEDADE e a insegurança são mesmo o pano de fundo de muitas dessas dificuldades. O primeiro garoto, por exemplo, parece enfrentar um pico de ansiedade quando vai fazer sexo. O coração acelera, aumenta a transpiração, há um desconforto físico e, por tabela, o desejo vai embora. Com essa quantidade toda de sensações "desagradáveis" é difícil mesmo obter e manter uma ereção satisfatória para uma penetração. Já que ele conta com a paciência e o apoio da namorada, vencer essas dificuldades pode se tornar mais fácil. A intimidade do casal é uma arma importante no enfrentamento da ansiedade. Sem uma namorada fixa, lidar com essa situação poderia ser ainda mais complicado. Antes de tomar remédio para controlar a ansiedade, talvez seja boa idéia conversar com a namorada e procurar um terapeuta.
A garota do sofá, provavelmente, só se sente segura na sala de casa. Transar em qualquer outro local parece ser ameaçador e faz com que ela não relaxe. Sem relaxamento, a vagina não dilata nem fica lubrificada. À medida que ela começa a conhecer melhor seu próprio corpo, que se sente mais confortável com o namorado, que enfrenta novas experiências, que vence algumas barreiras pessoais, chegar ao orgasmo fica mais fácil.
Para o casal que ainda vai fazer sexo, de uma maneira muito esporádica (provavelmente cada um mora em uma cidade), o mais recomendado mesmo é o uso do preservativo desde o início da relação. Pílula e outros métodos hormonais só fazem sentido para uma prática sexual mais regular. O importante é usar camisinha, e, se eventualmente acontecer algum problema, procurar o médico para discutir uma contracepção de emergência.


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