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internet
Descubra se você é hacker ou cracker
Cartilha "Diálogo Virtual" explica a diferença entre os tipos de invasores e dá dicas para você não ter seu computador no comando de gente que você nem conhece
MARIANA TAMARI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Para colocar um ponto
final na confusão entre hackers e crackers, um grupo de estudantes de computação aspirantes a hackers lançou no dia 18 de maio a cartilha
"Diálogo Virtual", para orientar
jovens, pais e educadores sobre
o uso seguro da internet.
A idéia é desfazer o superequívoco de quem pensa que os
hackers são criminosos virtuais. Invasão de sites, roubo de
senhas e disseminação de vírus
são coisas de "crackers". Os
hackers são do bem.
Eles desenvolvem programas de computador sofisticados, têm muito conhecimento
em informática e adoram resolver aqueles problemas tecnológicos que deixam qualquer leigo de cabelo em pé.
Já os crackers, os vilões da
história, não são necessariamente especialistas em informática. Ou seja, quando você
consegue invadir a senha de
seus irmãos ou colegas de escola, está sendo um cracker, já
que, segundo a Delegacia de
Meios Eletrônicos do Deic (Departamento do Estado de Investigações Criminais), eles
usam ferramentas que já existem para cometer crimes.
O curitibano Marcelo Tosatti, 23, é um dos principais hackers brasileiros. Ele começou a
usar computadores aos 11 anos
e aos 14 já trabalhava em uma
empresa de informática. Aos
18, foi escolhido para desenvolver uma nova versão do Linux.
A dica que ele dá para quem
quer se tornar expert em tecnologia, um verdadeiro hacker, é
"ter curiosidade, força de vontade e interesse em aprender".
Já Mariana Iglesias, 11, é uma
das mais jovens aspirantes a
hacker do país. Fã de heavy metal, ela está aprendendo a fazer
páginas na internet com a linguagem html -que permite
criar páginas sem o uso de softwares específicos- e quer trabalhar com computação.
A tecnologia está presente no
dia-a-dia da família Iglesias.
"Quando estamos conectadas,
nos falamos por MSN mesmo
dentro de casa, ela num computador e eu em outro", conta a
mãe de Mariana, Fabiana, 32.
Segundo Thiago Tavares, 28,
diretor da ONG Safernet Brasil,
envolvida na elaboração da cartilha, o objetivo do projeto é envolver os jovens no combate
aos crimes virtuais cometidos
pelos crackers. "A idéia é criar
um grupo que tenha consciência crítica do uso seguro da rede, que possa levar o recado a
outros jovens", explica.
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