São Paulo, segunda-feira, 19 de junho de 2006

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internet

Descubra se você é hacker ou cracker

Cartilha "Diálogo Virtual" explica a diferença entre os tipos de invasores e dá dicas para você não ter seu computador no comando de gente que você nem conhece

MARIANA TAMARI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Para colocar um ponto final na confusão entre hackers e crackers, um grupo de estudantes de computação aspirantes a hackers lançou no dia 18 de maio a cartilha "Diálogo Virtual", para orientar jovens, pais e educadores sobre o uso seguro da internet.
A idéia é desfazer o superequívoco de quem pensa que os hackers são criminosos virtuais. Invasão de sites, roubo de senhas e disseminação de vírus são coisas de "crackers". Os hackers são do bem.
Eles desenvolvem programas de computador sofisticados, têm muito conhecimento em informática e adoram resolver aqueles problemas tecnológicos que deixam qualquer leigo de cabelo em pé.
Já os crackers, os vilões da história, não são necessariamente especialistas em informática. Ou seja, quando você consegue invadir a senha de seus irmãos ou colegas de escola, está sendo um cracker, já que, segundo a Delegacia de Meios Eletrônicos do Deic (Departamento do Estado de Investigações Criminais), eles usam ferramentas que já existem para cometer crimes.
O curitibano Marcelo Tosatti, 23, é um dos principais hackers brasileiros. Ele começou a usar computadores aos 11 anos e aos 14 já trabalhava em uma empresa de informática. Aos 18, foi escolhido para desenvolver uma nova versão do Linux.
A dica que ele dá para quem quer se tornar expert em tecnologia, um verdadeiro hacker, é "ter curiosidade, força de vontade e interesse em aprender".
Já Mariana Iglesias, 11, é uma das mais jovens aspirantes a hacker do país. Fã de heavy metal, ela está aprendendo a fazer páginas na internet com a linguagem html -que permite criar páginas sem o uso de softwares específicos- e quer trabalhar com computação.
A tecnologia está presente no dia-a-dia da família Iglesias. "Quando estamos conectadas, nos falamos por MSN mesmo dentro de casa, ela num computador e eu em outro", conta a mãe de Mariana, Fabiana, 32.
Segundo Thiago Tavares, 28, diretor da ONG Safernet Brasil, envolvida na elaboração da cartilha, o objetivo do projeto é envolver os jovens no combate aos crimes virtuais cometidos pelos crackers. "A idéia é criar um grupo que tenha consciência crítica do uso seguro da rede, que possa levar o recado a outros jovens", explica.


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