Versão dos jornais para iPad têm problemas

Parece que finalmente vai sair a fábrica de iPads no Brasil, em Jundiaí (SP). Depois dos adiamentos, o primeiro iPad nacional está previsto para dezembro.
É boa notícia. Os tablets são uma plataforma muito boa para leitura de material impresso "tradicional", como revistas, livros e jornais.
Se você está lendo esta coluna no papel, não duvido de que cedo ou tarde vai experimentar um tablet. Aí, a volta ao papel fica difícil.
Por isso, publicações brasileiras estão cada vez mais presentes nos tablets. E já dá para ter uma ideia do que está funcionando ou poderia melhorar.
A Folha, por exemplo, está disponível todos os dias bem cedo no iPad. E um segredo: de graça. Não é preciso pagar neste período de "formação de público" (que já dura meses!).
A leitura é idêntica a do jornal impresso, com a mesma diagramação. Isso traz questões. A versão para iPad do jornal não se integra com a web. É um arquivo "fechado", sem links ou recursos audiovisuais. Apenas reproduz a versão impressa.
O arquivo também é muito grande (cerca de 60 megabytes por dia). Isso torna inviável o download por rede de celular. É preciso uma boa conexão de banda larga e com isso a mobilidade fica prejudicada.
Publicações como o "New York Times" e a "The Economist" resolveram a questão de outro jeito. Criaram versões leves da íntegra do seu conteúdo. Mudam a diagramação, mas ganham em portabilidade e integração com a web.
Pelo menos o aplicativo da Folha funciona. Quem tenta ler "O Globo" no iPad sofre. O formato é similar, mas o aplicativo fecha sozinho a todo momento (há comentários furiosos sobre isso na loja da Apple). E ainda é preciso pagar R$ 29,90 por mês por algo que não parece pronto. Aí não, violão!

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