Aos poucos, site de relacionamentos Facebook chega ao Brasil; o que pensam os teens que já utilizam o serviço?

ROBERTA SALOMONE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Cansado dos fuxiqueiros que visitam seu álbum na internet todos os dias? A fim de manter o namoro numa boa, sem a inspeção dos exs? A solução para esses e outros probleminhas típicos do mundo virtual pode estar no Facebook, uma rede de relacionamentos parecidíssima com o Orkut que ganha cerca de 250 mil novos usuários por dia em todo mundo.
"No Facebook, o perfil só é visível para quem está na sua lista de amigos. Já no Orkut, qualquer um pode entrar e ver informações pessoais", compara a estudante paulista Ellen Miyuki, 15, que mantém páginas nos dois sites. "Apesar disso, ambos têm prós e contras", analisa.
Enquanto o Orkut é um fenômeno brasileiro (mais da metade dos usuários é daqui), o Facebook faz sucesso, principalmente, nos Estados Unidos (é o sexto site mais visitado de lá).
O motivo talvez seja o simples fato de ele não ter (ainda) versão em português. Criado há três anos por Mark Zuckerberg, um americano de 20 anos que sonhava conectar os estudantes da Universidade de Harvard, onde estudava, a rede permite que o usuário poste um número ilimitado de fotos e também diferentes formatos de vídeo.

Espaços exclusivos
O estudante de jornalismo Luiz Felipe Castro, 18, conheceu o site no início do ano, quando estudou na Argentina. Encontrou aí uma forma de não perder contato com os amigos que moram fora do Brasil.
"É muito legal, mas continuo preferindo o Orkut, que oferece privacidade, sim. Quem quiser conversas particulares, por exemplo, pode mandar um "depoimento" ou um e-mail", ensina Luiz.
Usuário do Facebook há poucos meses, o paulista Antonio César Souza, 15, se encantou primeiro com o layout do site. Agora, quer usar todos os recursos que ele oferece. E o mais novo é o espaço exclusivo para músicos -inspirado, obviamente, no maior rival, o MySpace.
Na opinião da mineira Mariana Meirelles, 16, o Facebook vai virar em breve o maior site de relacionamentos do mundo e a adesão dos brasileiros é só uma questão de tempo. "Quando descobrirem as vantagens, os brasileiros vão se esquecer do Orkut completamente", aposta Mariana.
Anna Manson, 17, não é tão radical. Ela tem 500 amigos no Orkut, quase 300 no Facebook e acha que o sucesso de um não vai atrapalhar o outro. "Um pode ser mais simples; o outro tem mais brasileiros. Mas eu descobri que não vivo sem nenhum dos dois", diz.


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