São Paulo, segunda-feira, 19 de dezembro de 2005

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MÚSICA

Líder do Kaiser Chiefs fala sobre o novo "boom" do britpop

Quero ser Liam Gallagher

LÚCIO RIBEIRO
COLUNISTA DA FOLHA

O poder da excelente nova cena de bandas britânicas pode ser medido pela performance de uma delas, o quinteto Kaiser Chiefs, neste 2005.
Virou o grupo novo predileto de sir Paul McCartney, representante vivo do grupo predileto de todo mundo em todos os tempos. Foi a banda-sensação de festivais americanos (americanos!), como o indie South by Southwest e o conhecido Lollapalooza. Conseguiu ser primeiro lugar em singles na Califórnia ("I Predict a Riot"), é o 5º melhor disco do ano do semanário inglês "New Musical Express" com o CD de estréia ("Employment") e só vai parar de excursionar em maio do ano que vem.
Ricky Wilson, vocalista do Kaiser Chiefs e candidato a galã do rock inglês em 2005, falou do sucesso e das conquistas do farto ano para o Folhateen. Leia abaixo os principais trechos da entrevista.
 
Folha - Neste período, no ano passado, você poderia imaginar o que estava para acontecer com o seu Kaiser Chiefs?
Ricky Wilson -
Não mesmo. Foi como se alguém me dissesse que eu ia dormir numa noite sendo Ricky Wilson e acordar algumas semanas depois sendo o... Liam Gallagher [Oasis]. Estou brincando. Mas tudo foi intenso. Quando a gente começou a banda, o sonho maior era o de que nos deixassem tocar no festival de Leeds. Quando a gente viu, estávamos tocando para uma multidão em Moscou, na Rússia.

Folha - Quando o CD foi lançado, no começo do ano, disseram que o Kaiser Chiefs era o novo Blur e que o britpop estava de volta. Você também acha isso?
Wilson -
Sei lá. Amo o Blur, mas acho nossa música nada parecida. A única semelhança, talvez, seja que somos "brit" e fazemos "pop". Quem me dera ter a voz de Damon Albarn. Mas queira deixar claro para não ter briga: eu adoro o Oasis também.

Folha - 2005 foi um ano bom para o rock inglês no geral e para bandas como a sua em particular, você não acha?
Wilson -
Foi espetacular. De uns dois anos para cá surgiram tantas bandas novas boas que nem dá para contar. Sinto isso no clube que a gente tem, em Leeds. Nunca vi tanta gente saindo à noite para dançar rock. Além disso, nossos DJs pararam de tocar coisas antigas para fazer sets inteiros só com bandas novas.


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