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games
Filha de polvo monstrinha
Artista cria
game on-line meigo, mas horripilante
DIOGO BERCITO
DA REPORTAGEM LOCAL
Imagine que Tim Burton
(produtor do desenho
"O Estranho Mundo de
Jack") enjoe de fazer filmes e resolva se dedicar
a criar um game eletrônico.
Ou seja: bytes e mais bytes de
coisas ao mesmo tempo bonitinhas e horripilantes que se pareceriam, de certa maneira,
com um sonho (ou melhor dizendo, com um pesadelo).
Guardadas as devidas proporções, foi isso que Nathan
Jurevicius fez ao criar o game
on-line "ScaryGirl", que pode
ser jogado gratuitamente desde
a semana passada no endereço
www.scarygirl.com.
"No mundo que criei, as pessoas e as coisas não são o que
parecem ser. Algo legal pode
ser mau e algo horripilante pode ser bom -há também muitos tons de cinza entre eles",
disse o criador ao Folhateen,
em entrevista por e-mail.
Em tempos de crise e de videogames superpotentes (e supercaros também), Jurevicius
aposta em um antigo, mas
bem-sucedido, modelo: o dos
jogos de plataforma 2D, como
"Super Mario Bros. 3" (1988).
O game traz também outra
característica dos jogos de sucesso de outrora: uma história
interessante que fica apenas de
pano de fundo, deixando os jogadores livres para fazerem o
que mais gostam: jogar.
Por água abaixo
A heroína do game, ScaryGirl
(garota assustadora, em inglês),
faz parte do grupo de personagens que foram abandonados
por alguém na água.
Se você não consegue se lembrar de nenhum, veja dois
exemplos bem marcantes:
Moisés, na Bíblia, é deixado no
rio Nilo e vai parar no palácio
do faraó, enquanto o vilão Pinguim, no filme "Batman - O Retorno", é jogado no esgoto e
criado por pinguins.
ScaryGirl, por sua vez, caiu
no mar não se sabe como e foi
adotada por Blister, um simpático (mas pouco expressivo)
polvo verde. Ela usa tapa-olhos,
brinco de caveira e um gancho
na mão e quer descobrir, afinal
de contas, de onde foi que veio.
Isso ela só vai descobrir andando de um lado para o outro
e lutando com as criaturas
sombrias com que topar. Talvez o coelho Bunniguru, seu
mentor, a ajude. Se as coisas
realmente forem o que parecem ser, é claro.
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