São Paulo, segunda-feira, 20 de novembro de 2006

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Hip Hop e os 4 elementos

NOS EUA
Com origens culturais da Jamaica e da África, o hip hop floresce no Bronx, bairro pobre de negros e mestiços de Nova York, no início da década de 70.
Ali, dançarinos de break passaram a se reunir com grafiteiros até que resolveram criar um som próprio para animar esses encontros
Usando a agulha do toca-discos de vinil com criatividade, produziram sons diferentes girando o disco para frente e para trás (scratchs), repetições de frases melódicas (back-to-back) ou emendando trechos de diversas faixas de black music, funk, soul e blues
O som de batidas fortes e secas produzido pelo disc-jóquei, o DJ, servia de base sampler para o mestre de cerimônia, o MC, improvisar versos falados na cadência da música, a levada do rap.
A junção dos quatro elementos de expressão artística, dança (break), artes plásticas (grafite), música (DJ) e poesia (MC), deu origem ao movimento hip (quadris) hop (pulo) atribuído em grande parte ao DJ Afrika Bambaataa

NO BRASIL
Em 1985, dançarinos de break e grafiteiros começam a se reunir na rua 24 de Maio e, mais tarde, no Largo São Bento, onde começaram a fazer música e grafite. O primeiro registro de rap nacional veio em 1988, com a coletânea "Hip Hop Cultura de Rua"
Ao contrário do que ocorreu nos EUA, onde as grandes gravadoras fomentaram a difusão do gênero desvinculado dos valores do hip hop (como o de 50 Cent, com letras sobre violência, ostentação e mulheres), o rap nacional manteve seu discurso altamente politizado e distante das grandes gravadoras pelo menos durante os primeiros 15 anos
Hoje, quem produz rap desvinculado do hip hop é considerado apenas um rapper. Quem faz rap comprometido com os valores do movimento é um MC. Por isso, os MCs não gostam de ser chamados de rappers


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