Três mulheres, três vergonhas

"Tenho 22, sou casada desde os 15 e nunca consegui ter orgasmo. Meu marido nem desconfia. Acabo fingindo porque ele sempre me espera para gozar. O que faço?"

"Tenho 17 e estou namorando há quase dois anos. Meu namorado inventa de fazer sexo oral e eu tenho que despistar toda hora porque estou com corrimento. Será que ele pode pegar alguma doença?"

"Tenho 23 e fico inibida em chegar em qualquer cara porque acho que meus pequenos lábios da vagina são muito grandes. O que devo fazer? Existe cirurgia para correção?"

O QUE existe em comum entre as dúvidas das leitoras dessa semana? Todas estão enfrentando dificuldades em suas vidas sexuais, as três têm vergonha de dividir com os parceiros suas angústias, e nenhuma delas assume uma postura mais ativa na procura de ajuda. Como resultado, elas enfrentam um impasse em suas vidas afetivas e sexuais. Como remover esses "nós" que atrapalham suas vidas?
Em primeiro lugar, quando a gente tem um parceiro ou uma parceira, é sempre boa idéia conversar com eles sobre eventuais dificuldades enfrentadas no momento do sexo. Se o maior aliado para que a primeira leitora vença sua dificuldade é exatamente o marido, será que ela não está se sabotando? Se ele soubesse, poderia caprichar mais nas preliminares, ajudaria com novas posições e talvez até fizesse uma terapia de casal para tentar vencer as inibições da esposa. Não dividir a dificuldade é apostar na continuidade da falta de orgasmo.
A segunda leitora está com corrimento e, em vez de procurar tratamento com o ginecologista para ficar com a saúde em dia e evitar maiores complicações, prefere "fugir" do namorado, dizendo que não se sente confortável em receber sexo oral.
É boa idéia evitar sexo oral quando se está com corrimento. Afinal, ele pode ser causado por uma infecção -transmitida ou não pelo sexo. Não fazer sexo oral pode poupar o namorado, mas, se você não buscar tratamento, isso será perda de tempo. Se não melhorar, não vai se sentir confortável para fazer nenhum tipo de sexo.
Para terminar, algumas meninas têm mesmo os pequenos lábios um pouco grandes, o que pode provocar um certo incômodo e constrangimento. Se esse é o caso, um ginecologista pode ser consultado, para avaliar a situação e pensar em um eventual tratamento cirúrgico.
Mas, repito de novo, sem buscar ajuda e sem dividir as dificuldades com o parceiro, só se perpetuam as dificuldades, os problemas e as angústias. Ajam!


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