São Paulo, segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

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ÁLVARO PEREIRA JÚNIOR - cby2@uol.com.br

Ano novo vem aí!

Não vai mudar nada, mas vamos fingir que uma nova vida começa. Hahahaha! E 2010, como foi? O meu foi igual a 2009, 2008, 2007, 1924, 1835... Quer dizer: na verdade, foi um pouco pior. Mas será que alguma coisa marcou nos últimos 365 dias? Vamos a um breve "remember".

Disco do ano...
na real "The Suburbs", Arcade Fire. No álbum anterior, o autoimportante "Neon Bible", o Arcade Fire tropeçou feio, querendo abordar todos os problemas do mundo. Mas agora botou os pés no chão, e comove com sua grandiosidade relativamente sob controle.

Disco do ano... para mim
"Disconnect from Desire", School of Seven Bells. Um garotão e duas gêmeas hispânicas maravilhosas! Nenhuma música ruim, em clima etéreo/shoegazer. Nada moderno, mas minha praia total.

Notícia musical do ano...
Indie 103.1 de volta - Minha rádio preferida, que tinha falido, está de novo no ar só on- line. Não tem problema.

Notícia tecnológica do ano...
iPad - Até eu, sempre o último a adotar novas tecnologias, pirei com esse negócio. Em breve, vou ler meu primeiro livro nele. Vai ser lindo.

MÚSICA do ano... na real
"Fuck You", Cee Lo Green. Não tem nada a ver com a agressividade do título. É uma canção solar, divertida, e um clipe que a gente fica torcendo para não acabar. Tomara que o Gnarls Barkley volte logo, porque Cee Lo está no auge.

MÚSICA do ano...
para mim - "I L U - Phantogram Remix", School of Seven Bells. De novo, não tem nada de moderno aqui. Mas é minha onda.

Livro de ficção do ano...
"One Day", David Nicholls. Sai ano que vem no Brasil, junto com o filme. Um moço e uma moça, amigos quase-namorados, passam anos e anos se desencontrando. Até que... tudo fica ainda mais complicado. Dá desespero de tão bem escrito. Desculpe o clichê, mas é impossível parar de virar as páginas.

Melhor livro que eu finalmente li...
"O Fio da Navalha", W. Somerseth Maugham. Ainda bem que só li depois de velho. Não teria entendido tão bem o personagem principal, Elliott Templeton, o "jet setter" frívolo que, no leito de morte, aos 70 anos, desata a chorar porque não foi convidado para uma festa na Riviera Francesa.

Livro de não ficção...
"Apathy for the Devil", Nick Kent. Autobiografia de um alucinado jornalista de rock. Kent, mais do que viver os anos 70, é a própria encarnação dessa década. Se eu escrevesse tão bem quanto esse cara, minha vida seria bem melhor.

Filme bizarro do ano...
"Mother". É de 2009, mas passou aqui em 2010. Drama coreano do diretor Bong Joon-ho, o mesmo de "O Hospedeiro". Filho deficiente mental é acusado de assassinato, e a mãe faz de tudo para provar a inocência dele.

Filme do ano... para mim e na real
"A Rede Social". Paulada ininterrupta sobre a criação do Facebook, e sobre o chapéu que o brasileiro Eduardo Saverin, cofundador da parada, levou do sócio Mark Zuckerberg. Filmaço.

show do ano... para mim
Unsane em Los Angeles Os coroas de Nova York são os reis do "scum rock", o rock da escória. Eles conseguiram assustar até os próprios fãs com tanta bestialidade. Menos de 50 pessoas (eu entre elas) aguentaram até o fim.

Vergonha do ano...
No ano em que houve número recorde de shows no Brasil, consegui a proeza de não ir a nenhum.


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