TALVEZ O Radiohead esteja nos entregando mais do que a gente precisa. Primeiro um álbum virtual, depois programas-surpresa na internet, então mais vídeos na web, agora o álbum físico com diversas modalidades de pacote (só o CD, CD+vinis, CD+livro+vinis etc.)...
Já faz um bom tempo que me divirto muito mais lendo sobre música do que propriamente escutando-a. Uma dessas leituras é o blog do crítico Sasha Frere-Jones (www.newyorker.com/online/blogs/sashafrerejones).
É dele a tese sobre o excesso de Radiohead que nos atinge. Frere-Jones disse que não agüentou mais do que 30 minutos de "Scotch Mist", um programa de vídeo de uma hora com a banda, lançado na web na véspera do Ano Novo.
Mas o próprio crítico aponta como é difícil fazer ressalvas a qualquer coisa que tenha a marca do Radiohead. Se eles já eram considerados intocáveis por seus méritos musicais, agora então são como deuses, os seres supremos que revolucionaram a indústria da música e fizeram cair de joelhos as grandes gravadoras, ao lançar seu novo álbum, "In Rainbows", por conta própria, pela internet e de graça.
Você pode ou não concordar com as opiniões de Frere-Jones, não é esse o ponto. O que destaco é a capacidade de pensar diferente, remar no contrafluxo das unanimidades, voar sobre os hypes óbvios que estão ao alcance do clique de um mouse. Sinto cada vez mais falta disso, de um Christopher Hitchens do jornalismo musical, sei lá. Um contrário.
Frere-Jones tem também um blog pessoal fora do site da "New Yorker": www.sashafrerejones.com. Esse é doideira geral. A impressão é que ele escreve para três ou quatro amigos e só -mas é claro que você pode tentar ser um deles.

 

EJECT - "Hard Rain", Shout Out Louds
É antiquado se incomodar com bandas que copiam totalmente outras? Só eu acho uma vergonha o Shout Out Louds chupar tanto o Cure e o Arcade Fire?

EJECT - "Airship", Siberian
Vale o mesmo para esse Siberian, praticamente um Strokes cover de Seattle.


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