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MATINÊS
Clubes liberam domingueiras para menores de 18 anos
É proibido ou já pode entrar?
DA REPORTAGEM LOCAL
Não precisa mais reclamar! De
olho nos fãs-mirins de hardcore, punk e afins, a casa de shows
Hangar 110 armou uma matinê
mensal com entrada liberada para
menores de 14 anos. A estréia do
projeto Censura Livre é no próximo domingo (27/4), às 16h, com
shows das bandas Dead Fish, Énoise, HC World e Gloria .
"Já permitíamos a entrada a partir dos 14. Agora, a molecada menor que quiser ver os shows vai poder frequentar a domingueira", explica Marcos Badin, proprietário
do local. O Hangar, que em dias
normais tem apresentações às 19h,
procura terminar tudo até 23h30
para a galera não perder o metrô.
Como o lugar vende bebida alcoólica, as comandas dos menores
são carimbadas, e os seguranças ficam de olho na venda de cerveja.
A nova casa noturna D-Edge, que
será inaugurada amanhã (dia 22),
onde antes era a Stereo, também
terá sua domingueira. O projeto do
clube é a noite de drum'n'bass
"Play'Mo'Beats", que estréia em
4/5, das 19h à 1h, com entrada liberada a partir de 16 anos. Os residentes serão os DJs Xerxes e Cleber
Port, e os convidados da primeira
festa são Marky e Patife.
Apesar de novas opções, ainda
há muita chiadeira quanto às regras que determinam a entrada em
shows, casas noturnas e grandes
festivais como o Skol Beats, que rola no próximo sábado (dia 26) e,
apesar de começar às 16h, só libera
a entrada de maiores de idade e
com carteira de identidade na mão.
Segundo a assessoria de imprensa,
esta foi uma decisão da organização do evento. Eles não querem
"atingir um público menor de 18
anos, que não consome bebida alcoólica", no caso, a marca de cerveja patrocinadora da balada.
Deixando de lado o marketing, o
processo que permite ou não a entrada de menores é bastante subjetivo e pode variar dependendo da
atração, lugar e até da região da cidade onde vai acontecer.
Quem determina qual a faixa etária que pode ir a um show de rock,
por exemplo, são os juízes da Vara
da Infância e da Juventude, com
base no ECA (Estatuto da Criança e
do Adolescente). Segundo o artigo
149 da lei, é responsabilidade da
autoridade judiciária permitir a
entrada e a permanência de crianças e de adolescentes desacompanhados dos pais e responsáveis em
estádios, ginásios, boates, teatros e
estúdios de televisão, entre outros.
Em São Paulo existem 11 fóruns
regionais. Cada um decide o que
vale para a sua área. Portanto, uma
banda que toca para os menores do
Jabaquara pode não tocar para os
de Santana.
"O estatuto dá essa abertura para
que o juiz da infância discipline a
portaria. Uns são rigorosos, outros
mais liberais", afirma Maurício
Pombar Trindade, diretor do ofício de infância da juventude do Jabaquara. Outros fatores que influenciam a decisão do juiz são a
segurança do local, a venda e até
mesmo a exposição de bebidas alcoólicas.
(ADRIANA FERREIRA)
Hangar 110 (r. Rodolfo Miranda,110, Bom
Retiro, tel. 0/xx/11/229-7442); D-Edge (r.
Olga, 168, Barra Funda).
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