São Paulo, segunda-feira, 21 de abril de 2008

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Estaremos bem no futuro

Em artigo feito especialmente para o caderno Folhateen, Sandro Dias relembra a história do skate no Brasil

SANDRO DIAS
ESPECIAL PARA A FOLHA

Mais de 300 profissionais, 130 entidades reguladoras, 10 mil competidores e 756 pistas. Esses são alguns dos expressivos números que representam uma modalidade esportiva já consolidada no Brasil: o skate. A cada ano, o cenário esportivo brasileiro mostra o claro crescimento do número de praticantes da modalidade -3,2 milhões de casas do país possuem pelo menos um skate e o mercado movimenta, apenas no Brasil, cerca de R$ 700 milhões, sendo o segundo maior do mundo.
A consolidação do skate, mostrada pelos números que citei acima, aconteceu rapidamente no Brasil. É verdade que os primeiros shapes desembarcaram por aqui na década de 70, mas vale lembrar que a modalidade praticamente desapareceu de 1990 a 1995, sem grandes explicações.
A retomada, no entanto, não poderia ser mais forte. Em 13 anos, o skate produziu, além de milhões de adeptos, atletas de ponta. Estamos bem representados em todas as principais competições do mundo, tanto no vertical (masculino e feminino), como no street. Posso até dizer que nos tornamos referência, ao lado dos norte-americanos, nos últimos anos. Apesar de todos esses fatores extremamente positivos, o skate ainda tem muito espaço para crescer no Brasil. Temos poucos incentivos aos jovens atletas e já destino boa parte do meu tempo para ir atrás disso.
A idéia do Campeonato Sandro Dias de Skate Amador, que já foi realizado em três oportunidades, é justamente apoiar os amadores e dar continuidade ao crescimento da modalidade. Por outro lado, tenho certeza que estaremos bem representados no futuro próximo. Atualmente, as crianças têm fácil acesso ao material de ponta -o que não acontecia na minha época- e mostram uma evolução muito rápida. Dan Cézar, Ronaldo Gomes, Marcelo Bastos e outros já andam muito e ainda estão na adolescência.
Com o surgimento de novos incentivadores, o Brasil tem tudo para continuar sendo um dos principais "produtores" de skatistas do mundo.
A confiança que tenho não é só baseada nos números e promessas, mas também nas competições que chegam ao país, como os X Games, que fomentam o aparecimento de novos atletas e investidores.


SANDRO DIAS, O MINEIRINHO é skatista


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