DO COLUNISTA DA FOLHA

A violência contra a mulher está na pauta do dia em função da novela das 8h, "Mulheres Apaixonadas".
Uma pesquisa realizada no Brasil pela Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) e, coordenada pela Organização Mundial de Saúde, mostra que essa situação é muito mais comum do que se imaginava.
Em 2002, mais de 2.000 mulheres foram entrevistadas na cidade de São Paulo e em 15 municípios da zona da mata em Pernambuco: 29% das paulistanas e 34% das pernambucanas relatam violência física ou sexual do parceiro.
Na média, uma em cada três mulheres já sofreu violência doméstica. Um número absurdo para um país que vem lutando contra injustiças sociais de todas as ordens.
E essa violência acaba trazendo prejuízos para a saúde feminina e para o comportamento de seus filhos.
As mulheres que passaram ou que passam cotidianamente por essa experiência podem desenvolver problemas crônicos como dores, tonturas, alcoolismo e até tentativas de suicídio.
Seus filhos também acabam enfrentando problemas de adaptação como timidez e agressividade, com impacto negativo em seu rendimento escolar. (JB)

Texto Anterior: Sexo e saúde: Angústia e tristeza são TPM ou depressão?
Próximo Texto: Científicas
Índice