São Paulo, segunda-feira, 21 de novembro de 2005

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SELOS

Feira com exposição e venda de selos raros traz a São Paulo raridades do Brasil e da Inglaterra e anima jovens filatelistas

Ponta da língua

DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de comprar selos há dois anos, Ana Carolina Vianna Lembo,14, já se considera uma colecionadora veterana. Não pela quantidade -ela já tem 2.500 selos!-, mas pela qualidade de sua coleção.
A adolescente, que comprou seu primeiro selo em uma visita ao correio com a escola, descobriu, por acaso, que seu avô havia sido um grande colecionador.
E, para dar uma força à coleção da adolescente, seus tios a presentearam com 1.500 selos da família. Da noite para o dia, Ana Carolina se viu rodeada de raridades, com exemplares da "Olho-de-boi", série brasileira famosa por ter sido a segunda a ser impressa em todo o mundo, em 1843.
"Dei muita sorte. As pessoas me falam que é uma ótima coleção, que vale muito e que eu tenho que guardar para toda a vida", diz a adolescente que, entre as estampas favoritas, destacam-se plantas e animais.
"Um dos meus favoritos possui uma paisagem da floresta Amazônica. É todo esverdeado, com animais marrons e beges", conta Ana Carolina, que nunca mandou uma carta pelo correio e diz que, em seu caso, selo é para guardar, e não para mandar embora em uma carta.
Nesta semana, Ana Carolina avisa que vai engordar sua coleção com R$ 400. Juntou o dinheiro para visitar o 2º Encontro Internacional de Filatelia, que também terá uma feira de selos, nos dias 25 e 26, no hotel Pestana, que fica na rua Tutóia, 77, no bairro Jardim Paulista, em São Paulo.
Organizado pela Associação Brasileira dos Comerciantes Filatélicos (ABCF), o encontro conta como apoio da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.
No encontro acontecerá a 1ª Mostra Filatélica, com exposição de raridades, com coleções do Brasil, Irã, EUA, Inglaterra e Argentina, entre outros países.
Além da série "Olho-de-boi" (1843) e o inglês "Penny Black" (1840), primeiro selo a ser impresso no mundo, a mostra traz ainda coleções de cartas que circularam durante a Revolução Paulista de 1932 e outras que foram censuradas durante a Segunda Guerra Mundial.
"Acho bonito colecionar selos, ninguém tem na minha idade, e eu sempre junto dinheiro para comprar mais. Sempre vou à Filatélica Marek, na rua Barão de Itapetininga. É o melhor lugar para encontrar selos bem legais. Eu recomendo", diz a adolescente que está na oitava série.
(LUCRECIA ZAPPI)

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