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cinema
dois Brasis
"Pro Dia Nascer Feliz" retrata a relação dos adolescentes com a escola
LETICIA DE CASTRO
DA REPORTAGEM LOCAL
Se a adolescência é
uma época de conflitos, boa parte deles
acontecem na escola.
É lá que se formam as
turminhas de amigos, que rolam as paqueras e que começa a
cobrança por responsabilidade
(passar de ano, vestibular).
E é justamente sobre a relação dos adolescentes com a escola que fala o documentário
"Pro Dia Nascer Feliz", que estréia no dia 2 de fevereiro.
Para traçar um panorama nacional, o diretor, João Jardim,
entrevistou alunos, professores
e diretores de colégios de Pernambuco, Rio de Janeiro e São
Paulo. Com exceção do Santa
Cruz, tradicional colégio particular paulistano, as outras escolas retratadas são estaduais.
E o filme deixa clara a diferença entre esses universos. No
colégio particular, os conflitos
são mais existenciais e conceituais (dedicação aos estudos,
depressão, consciência social).
Já nas escolas públicas, eles
estão ligados a situações do dia-a-dia, como as faltas constantes
de professores, a proximidade
com a criminalidade e a falta de
estímulo generalizada.
Crítico, o filme faz um retrato preocupante da educação no
país, que pode ser resumido no
comentário de Suzana, diretora
de um colégio estadual: "A escola tem de ser reinventada. O
mundo está muito mais interessante lá fora".
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