São Paulo, segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

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cinema

dois Brasis

"Pro Dia Nascer Feliz" retrata a relação dos adolescentes com a escola

LETICIA DE CASTRO
DA REPORTAGEM LOCAL

Se a adolescência é uma época de conflitos, boa parte deles acontecem na escola. É lá que se formam as turminhas de amigos, que rolam as paqueras e que começa a cobrança por responsabilidade (passar de ano, vestibular).
E é justamente sobre a relação dos adolescentes com a escola que fala o documentário "Pro Dia Nascer Feliz", que estréia no dia 2 de fevereiro.
Para traçar um panorama nacional, o diretor, João Jardim, entrevistou alunos, professores e diretores de colégios de Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. Com exceção do Santa Cruz, tradicional colégio particular paulistano, as outras escolas retratadas são estaduais.
E o filme deixa clara a diferença entre esses universos. No colégio particular, os conflitos são mais existenciais e conceituais (dedicação aos estudos, depressão, consciência social).
Já nas escolas públicas, eles estão ligados a situações do dia-a-dia, como as faltas constantes de professores, a proximidade com a criminalidade e a falta de estímulo generalizada.
Crítico, o filme faz um retrato preocupante da educação no país, que pode ser resumido no comentário de Suzana, diretora de um colégio estadual: "A escola tem de ser reinventada. O mundo está muito mais interessante lá fora".


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