Lena Katina, da dupla russa t.A.T.u., fala sobre o novo disco e velhas polêmicas

IURI DE CASTRO TÔRRES
DA REPORTAGEM LOCAL

Katy Perry chocou os lares mais puritanos, em 2008, ao bradar em seu maior hit: "I kissed a girl / And I liked it" (eu beijei uma garota e gostei, em inglês).
Nove anos antes, no entanto, as ninfetas russas do t.A.T.u., Lena Katina e Yulia Volkova, então com 15 anos, já se beijavam no palco e em clipes bem mais "calientes".
"Não sei porque essas coisas ainda chocam as pessoas", diz Lena, a parte ruiva do dueto, em entrevista à Folha.
O tempo passou, mas as meninas, que não são nem nunca foram lésbicas, continuam na ativa -chegou às lojas brasileiras o último disco da dupla, "Waste Management".
No novo trabalho, o t.A.T.u. parte para experimentações musicais, com um pé na eletrônica e o outro no pop.
Para Lena, o disco reflete o amadurecimento pessoal dela e de Yulia. Elas têm apenas 25 anos, mas já estão há uma década na estrada.
Segundo ela, a dupla ainda tem muitos fãs adolescentes, mas grande parte deles cresceu ouvindo t.A.T.u. "É incrível!"
Crescer e amadurecer são duas palavras frequentes na nova fase da dupla, que deixou de ser um projeto exclusivo -há previsão de trabalhos solo ainda em 2010, e Yulia já tem dois filhos para criar.
A idade também as afastou da imagem de "mais do que boas amigas", ostentada em shows e em clipes como "All the Things She Said", primeiro grande hit em inglês.
Segundo Lena, apesar de não serem gays, o sentimento de amor entre as duas sempre foi verdadeiro. "Ajudamos várias garotas que passavam por esse tipo de dúvida", diz. "Éramos adolescentes de 15 anos e experimentamos o mundo como uma deliciosa sobremesa."


Texto Anterior: Esporte: A menina que veio do frio
Próximo Texto: O2 Neurônio: Os perigos da dança e da obrigação da felicidade
Índice