DO COLUNISTA DA FOLHA

Um estudo divulgado nos EUA, feito com 15 mil jovens com idade entre 12 e 18 anos, mostrou que a promessa de abstinência sexual até o casamento pode ser um entrave à prevenção das doenças transmitidas pelo sexo (DSTs), da Aids e da gravidez indesejada.
Você leu no último Folhateen uma nota que mostrava que 88% dos jovens norte-americanos que pretendiam seguir a abstinência sexual não conseguiram cumprir suas promessas.
Para piorar a situação, apenas 40% desses garotos usaram camisinha em suas relações sexuais, enquanto, no grupo dos que não estavam evitando o sexo, esse índice chega a 59%.
Quem se compromete com a abstinência acaba tendo menor acesso à informação e menor entendimento da importância do uso da camisinha.
Se, de um lado, a abstinência consegue retardar o início da vida sexual, reduzir o número de parceiros e levar a casamentos mais precoces, de outro, ela não favorece o uso de camisinha nem reduz os índices de doenças transmitidas pelo sexo.
Nos últimos anos do governo Bush houve investimentos importantes na política de abstinência sexual. O resultado do trabalho pode indicar que esses investimentos estão indo para a direção errada. Informação e prevenção podem ser, sim, as grandes armas dessa luta. (JB)

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