São Paulo, segunda-feira, 22 de março de 2010

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Usuários compram produtos em farmácias e na internet

DA REPORTAGEM LOCAL

Anabolizantes esteroides são remédios: a força que eles dão para os músculos é fundamental para pessoas que têm problemas de verdade, como idosos com perda excessiva de massa muscular ou crianças com problemas hormonais.
Por isso, eles são vendidos em farmácias. Mas com receitas e controle especiais: a saída de cada ampola da farmácia deve ser reportada à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Ainda assim, é possível conseguir as "bombas" sem receita.
"Cheguei a comprar em farmácia 20 ampolas de uma vez só, para meu namorado. E eu era menor", diz Jéssica*, 24.
Para Jonas*, é mais fácil ainda. "Tenho fornecedores. Telefono e pego na casa deles", diz.
Na internet, também não é difícil comprar. O Folhateen fez um teste: com uma simples busca no Google, a reportagem localizou vendedores com sites próprios e perfis em redes sociais como o Orkut.
A encomenda foi por e-mail. O pagamento, de R$ 145, via depósito bancário. E a entrega, dois dias depois, pelo correio.
O detalhe é que, no rótulo do produto, importado dos Estados Unidos, estava escrito: "Para uso somente em animais".
Boa parte desses remédios entram no país via contrabando, pela fronteira com o Paraguai, onde são vendidos sem nenhum tipo de receita.
"Eles não têm data de validade, local de fabricação. Pegamos gente de todo perfil trazendo esses remédios. Muitos são jovens, trazendo as ampolas na mochila", diz o delegado da Polícia Federal Marco Smith, coordenador do reforço às fronteiras no Paraná.


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