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Usuários compram produtos em farmácias e na internet
DA REPORTAGEM LOCAL
Anabolizantes esteroides
são remédios: a força
que eles dão para os
músculos é fundamental para
pessoas que têm problemas de
verdade, como idosos com perda excessiva de massa muscular ou crianças com problemas
hormonais.
Por isso, eles são vendidos
em farmácias. Mas com receitas e controle especiais: a saída
de cada ampola da farmácia deve ser reportada à Anvisa
(Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Ainda assim, é possível conseguir as "bombas" sem receita.
"Cheguei a comprar em farmácia 20 ampolas de uma vez
só, para meu namorado. E eu
era menor", diz Jéssica*, 24.
Para Jonas*, é mais fácil ainda. "Tenho fornecedores. Telefono e pego na casa deles", diz.
Na internet, também não é
difícil comprar. O Folhateen
fez um teste: com uma simples
busca no Google, a reportagem
localizou vendedores com sites
próprios e perfis em redes sociais como o Orkut.
A encomenda foi por e-mail.
O pagamento, de R$ 145, via
depósito bancário. E a entrega,
dois dias depois, pelo correio.
O detalhe é que, no rótulo do
produto, importado dos Estados Unidos, estava escrito: "Para uso somente em animais".
Boa parte desses remédios
entram no país via contrabando, pela fronteira com o Paraguai, onde são vendidos sem
nenhum tipo de receita.
"Eles não têm data de validade, local de fabricação. Pegamos gente de todo perfil trazendo esses remédios. Muitos
são jovens, trazendo as ampolas na mochila", diz o delegado
da Polícia Federal Marco
Smith, coordenador do reforço
às fronteiras no Paraná.
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