São Paulo, segunda-feira, 22 de março de 2010

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SEXO & SAÚDE

Jairo Bouer - jbouer@uol.com.br

Alergia à camisinha

Tenho 17 anos e estou ficando com uma garota há um mês. Ela disse que tem alergia aos preservativos, sentindo coceira e dor por até um mês depois da relação. Pílula seria uma opção? Há mesmo risco de engravidar se transarmos sem camisinha?

Uma minoria das pessoas pode ter alergia ao látex (borracha de que é feita a camisinha). Os especialistas estimam que até 1% dos homens e das mulheres pode enfrentar incômodo, inchaço, dor e coceira durante e após o uso dos preservativos.
O primeiro passo é tentar trocar a marca da camisinha. Se não resolver, o mais indicado é substituir por outro preservativo com menos produtos potencialmente geradores de alergia. Assim, uma camisinha mais simples, sem sabor, sem espermicida, sem anestésico e sem lubrificante deve ser escolhida.
Se nada disso adiantar é importante optar por camisinhas (femininas ou masculinas) feitas à base de outro produto, um plástico conhecido como poliuretano, que tem uma origem completamente distinta da do látex. As femininas podem ser achadas no Brasil, já as masculinas só mesmo importadas.
Para quem acha muito complicado procurar por camisinhas "plásticas" sobra um problemão. A pílula, de fato, é um método excelente para prevenir gravidez indesejada e as mais modernas têm doses ainda mais baixas de hormônio feminino, o que reduz efeitos colaterais desagradáveis. Mas e o risco das doenças sexualmente transmissíveis?
Para um casal que esteja livre de DSTs e que se mantenha em uma relação sem traições, o risco de se contaminar e transmitir para a parceira é muito pequeno. Mas e se o casal não segue à risca esse acordo? E se o garoto resolve ter experiências com outras garotas e, para piorar, acaba não se cuidando como deveria? Risco para os dois!
É claro que existe possibilidade de gravidez se o casal optar por não se proteger de forma nenhuma.
Mesmo usando a tabelinha e o coito interrompido, a chance de problemas é muito grande, tanto por possíveis irregularidades do ciclo feminino como por eventuais espermatozoides que escapam do pênis durante a relação, mesmo sem haver ejaculação.
Moral da história: essa não é uma opção para o casal!


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