São Paulo, segunda-feira, 22 de junho de 2009

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A volta do "heavy metal"

"Transformers: A Vingança dos Derrotados" chega aos cinemas amanhã seguindo a mesma fórmula vencedora do anterior: muitos efeitos especiais e cenas de ação; falamos com o elenco

DIOGO BERCITO
ENVIADO ESPECIAL A LOS ANGELES (EUA)

Se você está planejando jogar fora seus brinquedos antigos, espere um instante. Em alguns anos, talvez eles sejam o tema de algum filme arrasa-quarteirões e você pode querer comprá-los de volta.
Por exemplo, com o lançamento de "Transformers: A Vingança dos Derrotados", amanhã, os bonecos que se transformam em carros vão estar de volta à moda.
O segundo filme da franquia aposta na mesma fórmula do anterior para não correr riscos nas bilheterias (o primeiro faturou US$ 700 milhões, quase cinco vezes o seu custo). Como diz a célebre frase, nada se cria, tudo se transforma.
O longa continua a se basear em robôs e em cenas de ação. Vindo de um diretor como Michael Bay ("Armageddon", 1998), não é lá grande surpresa.
Com a boa vontade dos roteiristas, o robô-vilão Megatron ressuscitou -e quer vingança. Além de disso, ele planeja trazer de volta o líder dos Decepticons, o Fallen. Como ele vai fazer isso? É um dos mistérios do filme. Mas esperem cenas de ação de tirar o fôlego nas imediações das pirâmides do Egito.
É por ali que uma sequência que transborda efeitos especiais de última geração rola solta, com direito a um monte de robôs lutando entre si.
"A adrenalina das cenas de ação é uma coisa maluca de se viver, você se sente o cara mais durão do mundo, porque está fazendo coisas que ninguém vai ter a chance de fazer. É um caos completo", diz Shia LaBeouf, o protagonista, em entrevista de que a Folha participou.
Atuar no meio dessa confusão tem seus riscos. Shia, por exemplo, passou perto de ficar cego. "Enfiei um prego no crânio, entrou mais de dois centímetros dentro do osso. Eu poderia ter furado o meu olho e isso seria... bem, um cenário ruim", disse. Foi ao hospital mais próximo, levou "uns 20 pontos" e continuou a filmar.

Explosões reais
Para Megan Fox, a mocinha do filme, o estilo caótico de filmagem tem uma vantagem. "Não é difícil fingir, na hora de atuar. Quer dizer, as bombas são reais, as explosões são reais, o fogo é real! É só reagir."
Nem tudo é real, no entanto. Os robôs, por exemplo, só são adicionados às cenas depois -mesmo assim, os atores precisam "interagir" com eles.
"Há uma cena em que sou interrogado por um decepticon. Eu sabia que o robô estava no meu pescoço, mas não havia nada lá, só uma câmera na minha frente e alguém me dizendo o que fazer", diz Shia.
Na hora de transformar esses robôs "imaginários" em personagens "reais", entra em ação a equipe de efeitos especiais supervisionada por Scott Farrar.
Mesmo com supercomputadores e uma equipe de cerca de 350 pessoas para os efeitos especiais, foi necessário um ano e meio para finalizar os robôs. Cada um deles precisou de 25 semanas para ser estruturado.
E vêm mais robôs e explosões por aí. Tanto Shia quanto Megan já assinaram contratos para participar do terceiro filme.
"Quero manter a franquia "Transformers" funcionando enquanto as pessoas continuarem querendo assistir", disse o diretor Michael Bay, em uma coletiva de imprensa com jornalistas brasileiros, via satélite.


O jornalista DIOGO BERCITO viajou a convite da Paramount Pictures


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