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A volta do "heavy metal"
"Transformers: A Vingança dos Derrotados" chega aos cinemas amanhã seguindo a mesma fórmula vencedora do anterior: muitos efeitos especiais e cenas de ação; falamos com o elenco
DIOGO BERCITO
ENVIADO ESPECIAL A LOS ANGELES (EUA)
Se você está planejando jogar fora seus
brinquedos antigos,
espere um instante.
Em alguns anos, talvez eles sejam o tema de algum filme arrasa-quarteirões e você pode querer comprá-los de volta.
Por exemplo, com o lançamento de "Transformers: A
Vingança dos Derrotados",
amanhã, os bonecos que se
transformam em carros vão estar de volta à moda.
O segundo filme da franquia
aposta na mesma fórmula do
anterior para não correr riscos
nas bilheterias (o primeiro faturou US$ 700 milhões, quase
cinco vezes o seu custo). Como
diz a célebre frase, nada se cria,
tudo se transforma.
O longa continua a se basear
em robôs e em cenas de ação.
Vindo de um diretor como Michael Bay ("Armageddon",
1998), não é lá grande surpresa.
Com a boa vontade dos roteiristas, o robô-vilão Megatron
ressuscitou -e quer vingança.
Além de disso, ele planeja trazer de volta o líder dos Decepticons, o Fallen. Como ele vai fazer isso? É um dos mistérios do
filme. Mas esperem cenas de
ação de tirar o fôlego nas imediações das pirâmides do Egito.
É por ali que uma sequência
que transborda efeitos especiais de última geração rola solta, com direito a um monte de
robôs lutando entre si.
"A adrenalina das cenas de
ação é uma coisa maluca de se
viver, você se sente o cara mais
durão do mundo, porque está
fazendo coisas que ninguém vai
ter a chance de fazer. É um caos
completo", diz Shia LaBeouf, o
protagonista, em entrevista de
que a Folha participou.
Atuar no meio dessa confusão tem seus riscos. Shia, por
exemplo, passou perto de ficar
cego. "Enfiei um prego no crânio, entrou mais de dois centímetros dentro do osso. Eu poderia ter furado o meu olho e
isso seria... bem, um cenário
ruim", disse. Foi ao hospital
mais próximo, levou "uns 20
pontos" e continuou a filmar.
Explosões reais
Para Megan Fox, a mocinha
do filme, o estilo caótico de filmagem tem uma vantagem.
"Não é difícil fingir, na hora de
atuar. Quer dizer, as bombas
são reais, as explosões são reais,
o fogo é real! É só reagir."
Nem tudo é real, no entanto.
Os robôs, por exemplo, só são
adicionados às cenas depois
-mesmo assim, os atores precisam "interagir" com eles.
"Há uma cena em que sou interrogado por um decepticon.
Eu sabia que o robô estava no
meu pescoço, mas não havia
nada lá, só uma câmera na minha frente e alguém me dizendo o que fazer", diz Shia.
Na hora de transformar esses
robôs "imaginários" em personagens "reais", entra em ação a
equipe de efeitos especiais supervisionada por Scott Farrar.
Mesmo com supercomputadores e uma equipe de cerca de
350 pessoas para os efeitos especiais, foi necessário um ano e
meio para finalizar os robôs.
Cada um deles precisou de 25
semanas para ser estruturado.
E vêm mais robôs e explosões
por aí. Tanto Shia quanto Megan já assinaram contratos para participar do terceiro filme.
"Quero manter a franquia
"Transformers" funcionando
enquanto as pessoas continuarem querendo assistir", disse o
diretor Michael Bay, em uma
coletiva de imprensa com jornalistas brasileiros, via satélite.
O jornalista DIOGO BERCITO viajou a convite da
Paramount Pictures
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