MARCO AURÉLIO CANÔNICO
EDITOR DO FOLHATEEN

Michael Bay, o diretor dos dois "Transformers" (e de "Armageddon", "Bad Boys", "A Rocha" etc.), é o rei dos filmes fast-food -e põe "fast" nisso.
Assistir a seus filmes é como ir ao McDonald's: você sabe exatamente o que vai encontrar (aquele produto meio artificial, milimetricamente fabricado, bem exagerado, bem americano), sabe que não é o melhor que você poderia consumir, mas pode ser saboroso.
"Transformers: A Vingança dos Derrotados", que estreia amanhã, é mais um exemplo dessa bem-sucedida linha de produção. Quem gosta desse tipo de produto (e são muitos, principalmente garotos) não vai se decepcionar: o diretor pegou tudo o que o primeiro filme tinha (ação, humor, efeitos especiais, romance) e triplicou. Prepare seu estômago.
São tantos atores, tantos robôs e tanta coisa acontecendo na tela (não por acaso, o filme tem quase duas horas e meia) que é difícil acompanhar a história. Mas tudo bem, porque a história é um fiapo mesmo, só serve para apresentar as inúmeras cenas de lutas e transformações de robôs.
A quantidade de tiros e explosões que Bay põe na tela seria suficiente para fazer uns cem filmes de guerra. Maior do que ela, só a quantidade de clichês, a começar pelo par central, formado por Shia LaBeouf e Megan Fox: ele, um nerd com potencial para o heroísmo; ela, a gostosa que está ali apenas para fazer caras e bocas e poses.
Pesando prós e contras, o filme é regular. Se você gosta desse gênero fast food, pode somar dois pontos na avaliação; se detesta, reduza dois pontos.