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Comportados e bagunceiros, mas todos descabelados
LEANDRO FORTINO
DA REPORTAGEM LOCAL
No rock, a guitarra é tida como um
instrumento praticamente indispensável. Mas, no caso do trio inglês Keane, o sucesso só chegou no momento em que o guitarrista Dominic Scott
deixou a banda, em 2001, sete anos depois
de sua formação, na cidade de Battle.
O piano fez as vezes dos acordes da guitarra, e o som delicado e romântico do trio
chegou aos ouvidos de Simon Williams,
dono do cultuado selo Fierce Panda, o mesmo que revelou ao mundo as bandas Placebo, Bluetones, Idlewild e Coldplay.
O CD de estréia, "Hopes and Fears", estreou no primeiro lugar da parada britânica, deixando para trás o cultuado rapper
The Streets, como lembra o baterista do
Keane, Richard Hughes, 29, em entrevista
ao Folhateen. "Há muitas bandas ótimas
por aí, não apenas no rock, por isso foi uma
honra entrar no topo da parada. O Streets,
que foi reconhecido no mundo todo por fazer algo inovador, é um deles. Por isso, é
muito bom estrear no primeiro lugar."
Junto com os colegas de escola Tim Chaplin, 28, vocalista, e Tom Rice-Oxley, 25,
pianista e baixista, Richard afirma que começou a se interessar por música ouvindo
discos de Pet Shop Boys, Beatles e Simon
and Garfunkel, "pessoas que escreviam
boas letras com as quais tínhamos uma conexão emocional", conta Richard.
Talvez o sucesso só tenha surgido pelo fato de o Keane lembrar bastante o Coldplay,
com o piano conduzindo o vocal melado de
Tom. Mas Richard considera a comparação pura preguiça da imprensa. "OK, foi o
mesmo selo que lançou o Coldplay, mas ele
também lançou o Placebo, Bluetones e
Idlewild, e nós não somos comparados a
eles. Não acho que a gente pareça Coldplay.
Somos ingleses e há o piano envolvido, mas
é diferente. Acho que as comparações vêm
daí", explica o baterista.
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