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Comportados e bagunceiros, mas todos descabelados
DA REDAÇÃO
Se saísse do hotel em que esteve hospedado em São Paulo, em plena av.
Brigadeiro Luís Antônio, e atravessasse a rua para tomar um cafezinho na padaria, dificilmente Robbie Williams seria
reconhecido por algum passante.
Já dentro do hotel, a história era outra. O
aparato montado para recebê-lo era digno
de um megastar. Seguranças, assessores,
jornalistas e fotógrafos se amontoaram na
última sexta-feira para ouvir o cantor britânico, em sua passagem-relâmpago pelo
Brasil, na tentativa de se tornar tão conhecido por essas bandas como é na Europa.
"Quero muito conquistar o Brasil, especialmente depois da noite fantástica que tive em São Paulo ontem", disse Robbie,
mergulhando sem medo na demagogia.
Aos 30, o ex-Take That já vendeu mais de
30 milhões de discos e hoje consegue lotar
mais estádios na Inglaterra do que praticamente qualquer banda badalada do britpop. Seu som, comercial e pop, parece feito
para multidões, e seu estilo lembra o exagero de Freddy Mercury e a extravagância de
Elton John. Conta que não se considera um
artista. "Sou um "entertainer" e meu desafio
é conquistar o público", afirma.
E foi por isso que Robbie veio até aqui.
Para divulgar o disco "Greatest Hits", uma
coletânea de sucessos -"a seleção foi feita
pelo meu agente"- com duas músicas inéditas e exibir o rosto para os jornais brasileiros, Robbie enfrentou, paciente, perguntas sobre como é ser famoso, se é gay, o que
acha do assédio dos fãs etc.
Suas influências? "Iggy Pop, Lou Reed",
enumera. Dou um doce pra quem achar algo que lembre esses dois em alguma canção de Robbie. (SYLVIA COLOMBO)
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