São Paulo, segunda-feira, 22 de novembro de 2010

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INTERNETS

RONALDO LEMOS - ronaldolemos09@gmail.com

O Brasil está por fora do novo conteúdo digital

QUEM MORA nos Estados Unidos vive uma realidade diferente na internet. Há uma revolução em curso por lá nos serviços digitais.
Quem quer assistir a um filme pode ir ao Netflix.com e baixar na hora, pagando uma taxa por mês.
Para ouvir música, é o mesmo. Basta acessar o Pandora.com, digitar o nome do artista e ouvir.
Se a opção é assistir a um seriado de televisão, vá ao Hulu.com, em que é possível ver séries como "Glee", "House", "The Office" e assim por diante. Você clica e assiste legalmente, sem precisar baixar nada. A mesma coisa para games. Em redes como a Playstation Network, dá para comprar jogos bacanas, como Last Guy, tudo on-line.
Isso para não falar do "velho" iTunes, a loja de músicas da Apple que tem um catálogo enorme e vende música por faixa, de maneira conveniente e a um preço razoável.
Há até gente cancelando a assinatura da televisão a cabo para viver só de internet. Dizem que o conteúdo é melhor e ainda dá para economizar (o fenômeno foi apelidado de "cord cutting", "cortar o cordão").
Só tem um problema: nenhum desses serviços funciona no Brasil. Quando usados aqui, aparece um aviso do tipo "este serviço não está disponível no seu país por razões de licenciamento". O Brasil está fora do novo conteúdo digital.
Muita gente culpa os altos impostos, que impediriam, por exemplo, o iTunes de se instalar no país.
É claro que isso é importante. Mas a razão principal é outra: é caro e complexo demais conseguir licenciar os conteúdos para o Brasil. E isso esbarra no interesse das empresas locais. Haveria músicas e filmes disponíveis na internet que ainda nem foram distribuídos aqui.
Caetano Veloso é uma das poucas vozes que têm falado sobre isso.
Em sua coluna no jornal "O Globo", ele tem escrito sobre o iTunes. Quer entender por que o site não funciona no Brasil e torce para que isso mude, como aconteceu no México. Estou com ele.

Já era
Depender apenas de hotéis e restaurantes

Já é
Couchsurfing.org, que oferece hospedagem na casa de pessoas do mundo todo

Já vem
Foodsurfing, que oferece comida na casa de pessoas de mundo todo por meio do livemyfood.com


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