São Paulo, segunda-feira, 23 de junho de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Passeata entre Consolação e Masp marca lançamento

DA REPORTAGEM LOCAL

"Está lançado o segundo CD do Teatro Mágico", decretou Fernando Anitelli, atirando para o alto uma cópia de "O Teatro Mágico: Segundo Ato".
O disco passou por cima da pequena multidão de fãs no vão do Masp, escapou de sua capinha e se espatifou no chão.
"Quebrou! Vamos lançar novamente o segundo CD do Teatro Mágico!", improvisou o músico, sob aplausos. Encerrava-se ali, na última quarta-feira, a "ação de intervenção cultural" promovida pela trupe para chamar a atenção dos paulistanos para seu novo trabalho.
A estratégia de divulgação -a idéia era caminhar do metrô Consolação ao vão do Masp, anunciando aos transeuntes que poderiam comprar o CD a R$ 5 ou baixar as faixas pela internet- acabou ganhando, para os incautos, ares de protesto.
Era uma manifestação pacífica, cujos gritos de guerra mais enfáticos se resumiam a "os opostos se distraem; os dispostos se atraem" ou "todo mundo tem direito à música livre", mas numerosa o suficiente para convencer engravatados de que a calçada oposta era uma opção mais segura.

Comunidades
Sem euforia nem cenas de tietagem explícita, os seguidores de Anitelli e cia. vinham se juntando ao grupo desde o ponto de partida, no metrô Vila Madalena. Chegavam e davam tapinhas nas costas de seus ídolos, abraços, como amigos de longa data na balada (amigos de longa data na balada em geral não pintam o rosto de branco nem usam narizes vermelhos, mas ali tudo parecia natural). Em questão de minutos, passavam de uma centena.
"Eles são tão participativos que não os consideramos fã-clubes. São comunidades", explicaria mais tarde Hilário, o assessor da banda circense. (RC)


Texto Anterior: Respeitável público
Próximo Texto: Concurso dará entradas vitalícias
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.