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MÚSICA
Dinho Ouro Preto, vocalista do Capital Inicial, defende a fidelidade ao rock'n'roll
Fora de moda
DA REPORTAGEM LOCAL
Chega de surpresas. A
banda de Brasília Capital Inicial comemora o
lançamento de seu 11º disco, "Gigante!", fincando o
pé naquilo que sente que
faz melhor, o rock'n'roll
básico que serviu de trampolim para o sucesso nos
anos 80 e que trouxe a fama de volta ao grupo no
final dos 90.
Fora de moda? Com
certeza, como defende o
vocalista Dinho Ouro Preto, 40, que vê o Capital em
dois momentos distintos,
os anos 80 e agora.
"A gente fez uma série
de besteiras nos anos 80.
Um dos erros, o principal,
foi a entrada do tecladista
Bozo, no segundo disco,
"Independência" (1987). A
culpa foi minha, porque
fui eu quem insistiu para
ele entrar. A conseqüência disso é que ficamos cada vez mais tecnopop."
Dinho lamenta a investida, que levou ao fim da
banda em meados dos
anos 90. "Tivemos um começo punk e, no final dos
anos 80, percebemos que
viramos o inimigo. Quando surgiu o grunge, éramos apontados como
pop, logo nós, que começamos apontando o dedo
para os outros?"
Quando o grupo voltou
a se reunir em 98 decidiu
não repetir os mesmos erros e continuar fiel ao
princípio, embora não seja mais uma banda punk.
"Há muito mais dignidade em você envelhecer
como o AC/DC, os Ramones e os Rolling Stones,
não tentando embarcar
em modismos. Bons e
maus momentos virão,
mas fique no que você está fazendo. O Joey Ramone teve uma vida pra lá de
digna. É muito mais oportunista embarcar em modismos superficiais."
(LEANDRO FORTINO)
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