São Paulo, segunda-feira, 24 de maio de 2004

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MÚSICA

Dinho Ouro Preto, vocalista do Capital Inicial, defende a fidelidade ao rock'n'roll

Fora de moda

DA REPORTAGEM LOCAL

Chega de surpresas. A banda de Brasília Capital Inicial comemora o lançamento de seu 11º disco, "Gigante!", fincando o pé naquilo que sente que faz melhor, o rock'n'roll básico que serviu de trampolim para o sucesso nos anos 80 e que trouxe a fama de volta ao grupo no final dos 90.
Fora de moda? Com certeza, como defende o vocalista Dinho Ouro Preto, 40, que vê o Capital em dois momentos distintos, os anos 80 e agora.
"A gente fez uma série de besteiras nos anos 80. Um dos erros, o principal, foi a entrada do tecladista Bozo, no segundo disco, "Independência" (1987). A culpa foi minha, porque fui eu quem insistiu para ele entrar. A conseqüência disso é que ficamos cada vez mais tecnopop."
Dinho lamenta a investida, que levou ao fim da banda em meados dos anos 90. "Tivemos um começo punk e, no final dos anos 80, percebemos que viramos o inimigo. Quando surgiu o grunge, éramos apontados como pop, logo nós, que começamos apontando o dedo para os outros?"
Quando o grupo voltou a se reunir em 98 decidiu não repetir os mesmos erros e continuar fiel ao princípio, embora não seja mais uma banda punk.
"Há muito mais dignidade em você envelhecer como o AC/DC, os Ramones e os Rolling Stones, não tentando embarcar em modismos. Bons e maus momentos virão, mas fique no que você está fazendo. O Joey Ramone teve uma vida pra lá de digna. É muito mais oportunista embarcar em modismos superficiais." (LEANDRO FORTINO)

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