São Paulo, segunda-feira, 24 de agosto de 2009

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Álvaro Pereira Júnior - cby2K@uol.com.br

Cuidado com o que você manda no Twitter

Pela quantidade de políticos e de jornalistas presentes no Twitter, boa coisa esse negócio não deve ser.
Se você voltou agora de Ursa Menor, explico: Twitter é um microblog no qual, em 140 toques, a pessoa conta o que está acontecendo com ela naquele momento exato.
Assim que o serviço foi lançado, em 2006, eu trabalhava com internet e conhecia um pessoal que já usava. Há uns dois anos, começou a bombar. Do político brasileiro mais careta à nova bandinha indie do Brooklyn, todos estão na parada.
Bem, todos mais ou menos. Ao contrário de tantas febres de internet (blogs, MySpace, Facebook etc.), não se vê garotada na linha de frente do Twitter. Gente mais madura, e não a molecadinha urbana de shoppings e de colégios, foi quem fez o serviço crescer.
Quando e-mail era novidade, nos anos 90, a revista "New Yorker" destrinchou os perigos dessa forma de comunicação. Dizia que o e-mail era um intermediário entre a conversa cara a cara e uma carta. Num e-mail, você se sentia livre para dizer coisas que jamais mandaria na lata de alguém. E que provavelmente não botaria numa carta porque, até se dignar a escrever, a cabeça já estaria mais fria, as emoções mais sedimentadas.
É claro que isso hoje mudou. Os e-mails estão muito mais formais (viraram coisa de tiozinho). Esse caráter imediatista vive ainda no mundo das mensagens instantâneas, nos SMS de celular. E no Twitter.
E aí vem um problemaço. Se você escreve asneiras no Messenger ou numa mensagem txt, só você e o destinatário vão saber (a não ser que um dos envolvidos sacaneie e espalhe).
Já o Twitter é encrenca. Você solta uma bravata, paga de gostosão, o mundo vê. Mesmo que apague depois, um monte de gente já copiou, e sua casinha caiu.

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Já passei da idade de gostar dessas coisas, mas lá vai: is.gd/2smkd

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, Muse Um amigo deu a letra: é Radiohead + Queen, sem a auto-ironia deste último. Brega.


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