São Paulo, segunda-feira, 24 de outubro de 2011

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NÃO FAÇO CARA DE MAU

INDICADO AO VMB, O FILHO DE MARCELO D2 FAZ UM RAP FELIZ

HELTON SIMÕES GOMES

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"O tempo do rap mal-encarado já foi", diz Stephan Peixoto, 19.
Há oito anos, ele era o menininho que dizia se desenvolver e evoluir com o pai, Marcelo D2, em "Loadeando", do álbum "À Procura da Batida Perfeita" (2003). Também fazia pirraça para ir à Disney.
Agora, ele tem a própria banda, o Start. Ao primeiro sinal de trocadilho com o Restart, ícone do "happy rock", Stephan diz: "Não vejo mal nenhum em ser feliz, não. O bagulho é ser feliz".
Em tempo: ele visitou a terra do Mickey em 2007, mas diz que preferiu Amsterdã, na Holanda.
O grupo foi indicado a duas categorias no VMB, que aconteceu na quinta-feira: Hit do Ano e Aposta MTV. "A gente nem tinha expectativa de ganhar, não. Estávamos concorrendo só com monstro", diz Stephan. O Hit do Ano foi "Me Acorde pra Vida", de CW7. A Aposta MTV foi a banda Tono.
Nem a categoria fanfarrona Melhor Clipe com Pessoas Andando, do VMB online, o Start levou. Ficou com "Andei" (MC Lurdez da Luz).
O Start nasceu no bairro carioca da Lapa, onde Stephan, Shock e Farouk iam curtir a Batalha do Real, roda em que MCs duelam com improvisações rimadas. A eles se juntou o paulista DJ Alves. Em comum, além do rap, a tara por videogame, cuja referência nomeia a banda.
As cinco músicas lançadas até agora tratam de rolos com a mulherada e dos "rolês" com os amigos. Apesar de dizer que toda ajuda é bem-vinda, Stephan descarta o empurrãozinho de D2. Quer um CD indepedente, que planeja para janeiro de 2012.

INFLUÊNCIAS
Stephan tem tatuado na mão a sigla "c.r.e.a.m." (de "Cash Rules Everything Around Me", algo como "grana move as coisas ao meu redor"), música do Wu Tang Clan, grupo de rap que explodiu no início dos 90.
A mãe não gostou, disse que o garoto estava jogando seu futuro profissional fora e ameaçou levá-lo, na época com 15 anos, à delegacia. Não adiantou.
Nem tudo, porém, é rap para Stephan. Sua playlist tem ainda Djavan, pagode e até a cantora francesa Édith Piaf (1915-1963).
Ele também pretende fazer faculdade. Mas está na dúvida entre música, história ou... culinária. "Faço umas comidas malucas: shimeji com abacaxi, cuscuz de arroz marroquino", jura.


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