São Paulo, segunda-feira, 25 de abril de 2011

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02 NEURÔNIO

Jô Hallack - Nina Lemos - Raq Affonso
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Casamento real

NÃO AGUENTAMOS mais o casamento real. Jurávamos que a monarquia tinha datado. Além disso, assistimos ao casório da Lady Di e vimos no que deu. Quantos andares vai ter o bolo? Como vai ser o vestido? Kate Middleton está muito magra? O que importa?! No casamento real multimídia, a cerimônia vai ser transmitida ao vivo pelo YouTube, e os funcionários terão que fazer um live blogging, contando tudo em tempo real, além de tuitar. Nossos votos para o casal real. Mas lembrem-se: príncipe encantado não existe. Plebeu encantado também não. Mas os sapos também amam.

PROPAGANDAS DO BEM
Não temos a menor paciência para propagandas do bem. Já falamos sobre isso por aqui, mas parece que esse tipo de campanha anda se proliferando como "gremlins". Uma, de bebida alcoólica, mostra o exemplo comovente de um sujeito que ultrapassou seu problema de saúde para ser um esportista campeão. Detalhe: o alcoolismo mata 2,5 milhões de pessoas a cada ano, segundo a OMS. Outra, de refrigerante, jura que o mundo é bom. Afinal, existem menos corruptos do que doadores de sangue. É, mas existem mais crianças obesas porque tomam refrigerantes e comem salgadinhos trash do que doadores de sangue. Ora, por que não dizem apenas: "Beba! Beba! É gostoso e dá onda"? Seria menos cafajeste.

FERIADOS
Acabamos de curtir um e já imaginamos quando será o próximo! Recentemente, saiu um estudo que mostra quanto dinheiro os países perdem em dias de feriados. São bilhões de dólares. O Brasil está citado na pesquisa, mas, antes que os fãs do "complexo de vira-lata" se pronunciem, países como a Bélgica têm muito mais feriados. Ficamos a pensar: não seria bom se o mundo fosse um pouco diferente? Se a gente vivesse para viver e não vivesse para trabalhar? Se, nos feriados, a gente pudesse apenas curtir, em vez de ler pesquisas que nos deixassem com culpa?


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