A TESE DESTA COLUNA foi pro espaço minutos atrás.
O texto seria assim: as bandas com vírgula no nome estão com tudo. Casos em questão: o Babe, Terror, de São Paulo; e o Loney, Dear, de Estocolmo (Suécia).
O Babe, Terror é um cara da zona oeste paulistana, Cláudio Szynkier, altamente influenciado pelo Burial, de Londres, e pelo Arnaldo Baptista, dos Mutantes. Ou seja: "loops" de voz + ecos + eletrônica claustrofóbica e "indançável".
O Loney, Dear entrou nessa história por causa de "Violent", que escutei em alguma rádio on-line. Toda climática (apesar de uma flautinha no início), com vocais afundados no mix e uma letra que me conquistou, falando "it's so hard to change" (é tão difícil mudar).
Do Babe, Terror já ouvi bastante coisa e sei que é bom. Gosto mais quando não dá para entender os versos. A melhor "canção" dele, "Nasa Goodbye", ficaria ainda melhor se não tivesse letra, só gritos e murmúrios.
Mas esse Loney, Dear derrubou minha casinha. Tirando "Violent", é insuportavelmente desfibrado. O mundo lá precisa de mais um clone de Belle & Sebastian? De mais folkzinho bichoso que não tem coragem de se assumir como tal, fica lá cantando baixinho e torrando nossa paciência?
Lembrei que encomendei nesta semana uma tonelada de livros na Amazon e também alguns CDs, entre eles o do Loney, Dear. Tentei cancelar, mas era tarde.
Já o Babe, Terror vive num universo próprio. Mora em São Paulo como poderia morar em Bancoc ou no inferno. Faz um som verdadeiramente universal.
Aproveitando, um toque: a pronúncia de "babe" é "bêib", com o último "b" mudo, quase não pronunciado. É diferente de "baby", que se fala "bêibiii". Então, beleza: quando você contar que descobriu um artista novo, o Babe, Terror, já vai poder falar o nome direito.

CD PLAYER

PLAY - "Permanent Scar", O+S
Acho até que já botei no Play, mas está tão difícil arrumar música melhor em 2009 que vai de novo.

PLAY - "Love is a Wave", Crystal Stilts
Gente que entende das coisas descreveu assim: "Guitarras de "shoegaze" inglês, com letra Califórnia e videoclipe na praia."

EJECT - Hype de Simonal
Como brasileiro é maniqueísta: antes o cara era um dedo-duro, agora é um coitadinho. Nem um nem outro, né, rapaziada?


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