São Paulo, segunda-feira, 25 de setembro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

música

Rock brasileiro detona RBD

Leia entrevistas com nova safra de bandas brasileiras, como a paulista NX Zero

DA REPORTAGEM LOCAL

O fenômeno emo é realmente curioso. Enquanto a garotada cultiva o franjão, lota shows de bandas independentes e se orgulha de fazer parte da tribo, os artistas por eles cultuados fogem do rótulo como o diabo, da cruz.
A paulista NX Zero, adorada por nove entre dez emos, é um exemplo. "Não somos uma banda emo. Hoje esse conceito está muito distorcido, cada um tem uma definição. A música se distanciou disso, porque virou uma coisa muito banal", esclarece o vocalista Di Ferrero, 21.
Para ele, o som da banda é um "hardcore com letras conversadas, sobre o dia-a-dia".
Depois de usar e abusar das ferramentas de divulgação da internet, onde todas as músicas estavam disponíveis para download, a banda chamou a atenção do "midas" do pop nacional, Rick Bonadio.
Produtor dos Mamonas Assassinas e CPM 22 (entre vários outros), Bonadio contratou os garotos, produziu e está lançando o novo disco da banda. "A gente tinha aquela preocupação de entrar para uma grande gravadora, ficávamos pensando que poderia haver interferências no nosso trabalho. Mas não tivemos problema", diz.
Segundo ele, o álbum já estava praticamente pronto quando rolou o contrato, e a banda manteve o repertório e os arranjos. "Ele [Bonadio] nos deu bastante liberdade artística e nos preparou psicologicamente para este momento. Mostrou que a banda pode deslanchar logo ou demorar anos para estourar. Ainda somos uma promessa", diz o vocalista, que, apesar de ainda não saber se as músicas do novo disco serão liberadas para download, promete que a banda não vai abandonar a web. (LETICIA DE CASTRO)


Texto Anterior: Pais tentam brecar show
Próximo Texto: Moptop, o Strokes brasileiro
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.