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VOCÊ É O CRÍTICO
Comparei um livro em duas línguas
LUCIANA MARQUES
ESPECIAL PARA A FOLHA
Quem gosta de literatura
estrangeira já deve ter pensado em ler livros no original.
E, talvez, compará-los com a
versão traduzida.
Foi isso o que fiz com "O
Livro do Cemitério", ou "The
Graveyard Book", se preferir,
do britânico Neil Gaiman.
A autenticidade do autor
em contar histórias é melhor
percebida em inglês: a linguagem é mais direta, e boa
parte do perfil dos personagens e da ambientação das
cenas se perde na tradução
para o português.
Apesar de recomendar o
original, ambas as versões
são interessantes. Para quem
se decepcionou com "Coraline", o novo livro convence o
leitor de que Gaiman tem,
sim, talento para literatura
infantojuvenil.
A mistura de terror e comédia é construída ao redor de
Ninguém, um menino que
escapou de um assassinato e
foi adotado por fantasmas.
Seu guardião, Silas, "não
pertence nem ao mundo dos
vivos nem ao dos mortos".
LUCIANA MARQUES, 16, é estudante.
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